segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cutucando a onça com vara curta

NOVO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ISLAMO-FASCISTA DO IRÃ DIZ QUE SEU PAÍS QUER AMPLIAR RELAÇÕES COM A AMÉRICA LATINA E DILMA ENVIOU ANTÔNIO PATRIOTA PARA TEERÃ.
Francisco Vianna
Seguindo a política externa de seu antecessor, o novo presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse ontem que “seu governo buscará estender cooperação com os países da América latina, onde o regime tem importantes aliados”.

Hassan Rouhani, foto: Mojtaba Salimi

O discurso de Rouhani provocou uma correria dos países latino-americanos infectados pela doença do socialismo com o envio de diversos de seus representantes a Teerã. Ontem foi a vez do vice-presidente cubano, Ricardo Cabrisas, que expressou a Rouhani o desejo de Cuba que o país persa intensifique seus laços com a América latina, e "especialmente com Cuba", informou a agência estudantil de notícias iraniana, ISNA.

A posse de Rouhani, que substituiu o polêmico Mahamoud Ahmadinejad na Presidência do país, ao que parece vai dar ensejo para que o novo mandatário continue com a assiduidade com que Ahmadinejad visitou as capitais dos países sul-americanos cujos governos defendem o “chavezismo”, também apelidado de "socialismo do século XXI". A ocasião, também foi a oportunidade “aproveitada” pelo Brasil – que nos últimos dois anos tinha esfriado seus contatos com Teerã – para que Dilma Roussef enviasse para lá o chanceler Antonio Patriota, na expectativa de um comportamento mais moderado de Rouhani, segundo informou ontem a imprensa tupiniquim. O diário gaúcho, Correio Braziliense, escreveu que “a decisão de enviar o Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a Teerã, é um voto de confiança de Brasília no novo governo persa”.
O jornal gaúcho disse que, apesar de Lula da Silva ter recebido a visita de Ahmadinejad, Dilma Rousseff, desde que assumiu o governo em 2010, nunca se aproximou do regime islâmico. A ida de Patriota a Teerã deixa claro o interesse súbito de Brasília de tentar influir no jogo geopolítico do Oriente Médio e buscar manter aceso o vínculo com um país com o qual tem uma "sociedade comercial de porte respeitável".
Independente de qualquer aliança ou alinhamento ideológico, político ou econômico, parece que, de fato, a prudência com relação ao Irã vai continuar a ser a atitude predominante quanto as possíveis ações iranianas nesta parte do planeta. Apesar de países como Nicarágua, Venezuela, Cuba, Brasil e Equador terem enviados representantes do alto escalão governamental a Teerã, nenhum presidente da região se dispôs a ir lá.

O Brasil tem muito mais a perder do que a ganhar com uma aproximação maior com o Irã, pois, por estar esse país sob intensas sanções econômicas aplicadas pelo Conselho de Segurança da ONU em função da sua inadequação ao sistema de controle da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) de seu controvertido programa nuclear, qualquer um que se relacione com Teerã poderá sofrer, por vias indiretas, ações punitivas por parte do organismo internacional. Os países que tentam impor o comunismo da Aliança Bolivariana (ALBA) na região, em ações iniciadas com Ahmadinejad, poderão sofrer por parte dos demais países ocidentais diversos tipos de pressão econômica e comercial em suas relações com os EUA, União Europeia e outros, uma vez que a ONU considera o Irã um estado patrocinador do terrorismo internacional.
Assim, mais uma vez, por questões ideológicas, Brasília toma iniciativas que no mínimo podem ser consideradas perigosas e contrárias aos legítimos interesses dos brasileiros. O mesmo ocorre com a Argentina, que apesar de ter motivos mais do que suficientes para não ter relações com o Irã – em função da ação judicial impetrada pelo seu Ministério Público que levou à condenação pela Suprema Corte do país de diversas autoridades iranianas do primeiro escalão envolvidas em atentados à bomba em Buenos Aires (embaixada israelense e AMIA) na década de 1990, mostrou recentemente a Casa Rosada contemporizando com Teerã sobre tais crimes. Hoje, o Irã tem “negócios” na região que montam a cerca de 40 bilhões de dólares.
Título e Texto: Francisco Vianna (com base nas agências de notícias ANSA, EFE e DPA, 05-8-2013

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