A inveja social. Ou "O que fizeram com o meu povo?"

Várias vezes já escrevi por aqui a desilusão que tive com uma grande parte dos meus compatriotas ao ler, ouvir e ver alguns comentários carregados do pior lixo da natureza humana. Muitas vezes fiz a pergunta “O que fizeram com o meu povo?”

E quantas vezes escrevi sobre a insidiosa e desonesta mídia lusitana?

E sobre o lixão que é um Bloco de Esquerda ou um Partido Comunista? Impressionante como tem gente – bem de vida – que louva essa cambada? Ou é assustadoramente imbecil ou finge não saber que não existe nenhum país – comunista, marxista-leninista ou socialista-científico – neste planeta que tenha proporcionado prosperidade ao seu povo, nenhum!

Reparem nos países europeus que têm a esquerda infiltrada até à medula na comunicação social e os funcionários públicos e/ou que trabalham em empresas públicas dominados pelo departamento sindical do Partido Comunista… são os países mais pobres da Europa e com a grosseria e inveja social mais acirradas.

E já que estamos falando da Europa, olhem para os países que estiveram sob a opressão e repressão da União Soviética… perguntem aos seus cidadãos  se querem de volta a “felicidade comunista”, perguntem!

Bom, me estendi… todo este prólogo para concluir que, felizmente, existe na blogosfera alguma gente que, além de escrever melhor do que eu, também conhece a realidade portuguesa melhor do que eu e há mais tempo do que eu.

Não vi a entrevista abaixo. Há semanas que não assisto aos canais portugueses. Testemunhe uma das causas.

Agora, por favor, leia o que três blogueiros portugueses escreveram, melhor do que eu, sobre esta demonstração explícita de inveja e arrogância, em cadeia nacional:

Frioleira de verão sem notícias ou não, a entrevista de Judite de Sousa a Lorenzo Carvalho provocou ondas de choque merecedoras de reflexão sobre os limites deontológicos do exercício do jornalismo. Não sei quem é o jovem milionário nem qual a origem da sua fortuna, o que bem pouco interessa para o efeito, mas nunca vi tamanha bateria de maus tratos, arrogância inquisitorial, falta de respeito e inveja reunidas em tão poucos minutos de emissão como a peça que reproduzo na íntegra, para que cada um possa, segundo a sua educação, lavrar opinião sobre o vergonhoso comportamento da jornalista-bombeira do politicamente correcto.

O homem tem milhões, gasta-os como quer, conquanto pague os impostos e os serviços que encomenda. Dá emprego directo e indirecto a centos de produtores, fornecedores, decoradores, relações públicas, empregados de hotéis, condutores e mais uma legião de outros profissionais portugueses. Para mais, fazendo fé no que afirma, faz encomendas dignas de um Cressus a joalheiros, lojas de artigos de luxo, somando a tais gastos uns quantos milhões destinados a instituições de caridade. Ao contrário de tanto benfeitor alcandorado no orçamento do Estado, Lorenzo gasta do seu bolso. Talvez Judite de Sousa não se atrevesse a um milionésimo da má educação quando na presença de tanto governante pródigo que gastou milhares de milhões retirados dos impostos dos contribuintes, malbaratados no casino das promessas demagógicas. Estou certo que a mobilizadora dos recalcamentos colectivos jamais se constituiria em justiceira das dores e vergonhas nacionais na presença dos futebolistas milionários. Talvez Judite de Sousa - que também ganha uma fortuna - se pudesse questionar sobre as causas da agonia em que o país se debate após décadas de despesismo tresloucado. 

Tomara que em Portugal houvesse cem Lorenzos e que aqui derretessem as fortunas dando emprego a milhares de portugueses. É a cultura da inveja, sem dúvida o pior traço da mesquinhez ocultada pelos "valores" e pelas "convicções". Espero encontrar a Judite na próxima campanha do Banco Alimentar.
Vá, lembrando Almada, "coragem Portugueses, já só vos faltam as qualidades".

Miguel Castelo Branco, blogue “Combustões”, 17-8-2013

Escreve Murphy no blogue “Com jornalismo assim. quem precisa de censura?...!“

(…)

São estas pessoas, estes profissionais e os seus valores, que fazem a opinião pública em Portugal. Não há aí jornalistas sérios que se manifestem contra esta simulação de informação, esta vergonha para o Jornalismo?!

Judite, o puto não tem culpa de ser rico! Judite, considerando que os sapatos que usa diariamente, são mais caros que o salário que muitos portugueses auferem, já pensou como eles se sentem?...
(...)

E aqui também, postado por Nuno Castelo Branco no blogue "Estado Sentido":

A diferença entre esta preconceituosa pateta recauchutada e este miúdo extravagante, é simples: ela é uma recolectora do esquema vigente, enquanto ele aparenta ser um gastador que talvez involuntariamente dá de comer a muita gente.  Numas tantas penadas, aqui está a verdade. 

Interesse a quem interessar o estilo de vida do garoto, tanta sandice vinda de quem bem se refastelou na RTP, não deixa de ser um sintoma bem típico do actual estado de coisas.