Um aspecto que chega a ser
divertido, digamos assim, na entrevista de Marta Suplicy ao Estadão é a transparência do jogo de Lula. Que Marta
está rompida com Dilma, é fato. Que Marta odeia Mercadante, também.Que o
caminho de Marta [foto] para fora do PT parece inevitável, idem. Ela, porém, jamais se
desligará de Lula, ainda que mude de agremiação e vá, por exemplo, para o PSB.
Por isso mesmo, faz tudo o que seu mestre barbudo mandar. E a ordem é colocá-lo
"na oposição" a Dilma. Lula, assim, pavimenta o seu retorno em 2018
de ambos os lados.
Na hipótese improvável de que
o governo Dilma dê certo, o ex-presidente poderá dizer que quem colocou Joaquim
Levy no ministério da Fazendo foi ele e, assim, ficar com os louros da vitória.
Se tudo der errado, como é provável, Lula poderá dizer que não foi ouvido por
Dilma, que a equipe econômica não conseguiu fazer nada por causa das
intromissões da presidente e por aí vai – discurso antecipado por Marta já na
sua saída do ministério da Cultura, quando disparou contra Dilma na área
econômica, com o aval de Lula, e como está ainda mais claro agora, na
entrevista ao Estadão.
Um país sem oposição de
verdade, como o Brasil, facilita o jogo de um espertalhão como Lula e os seus
amigos. Se houvesse oposição de verdade, ela não pararia de martelar que Dilma
é uma invenção despropositada, irresponsável, do chefão do PT.
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