Agência Câmara Notícias
Segundo Maia, pontos essenciais da reforma
são idade mínima, aposentadoria especial para professores e polícia militar e
alíquota progressiva para servidores
O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia [foto], afirmou que a Casa não tem prazo definido nem ele
trata de número de votos para aprovar a reforma da Previdência. Maia participou
de evento sobre esse tema promovido pelo Fórum Empresarial Lide, em Campos do
Jordão (SP), nesta sexta-feira (5). Participaram também o presidente do Senado,
Davi Alcolumbre, e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“A gente tem que trabalhar para
ter um bom ambiente na Câmara, bons debates para que a gente consiga mostrar a
sociedade que a reforma é fundamental”, disse.
Maia reafirmou que cabe ao
governo a comunicação correta para convencer a população sobre a necessidade da
reforma. Ele destacou a idade mínima, a aposentadoria especial para professores
e para a polícia militar e alíquota progressiva para servidores como pontos
mais polêmicos e essenciais da proposta.
“Esses temas que são os mais
polêmicos, e vão sobreviver na reforma da Previdência, e a gente precisa que a
sociedade compreenda a sua importância e esteja a favor. Sem esses itens não há
reforma da Previdência e não haverá economia necessária para o estado
brasileiro”, afirmou.
A reforma da Previdência prevê
idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres e prevê a unificação das
alíquotas de contribuição dos trabalhadores ativos dos setores público e
privado. Além disso, professores e policiais continuarão tendo regras especiais
de aposentadoria em função da atividade caso a reforma da Previdência seja
aprovada (PEC 6/19). O governo, no entanto, propôs acabar com a diferença entre
homens e mulheres na idade de aposentadoria.
Despesas públicas
Na palestra, Maia destacou que
a sociedade espera que, com o crescimento econômico do País, ela possa ter
acesso aos serviços públicos de qualidade, com a garantia de emprego e renda.
Para isso, explicou o presidente, é preciso repensar as despesas públicas do
estado brasileiro.
“Cuidar das despesas públicas
é duro e trabalhoso porque há muitos interesses dentro disso, do setor público
e do setor privado. A Previdência é um deles, o tamanho do estado é outro
deles, por exemplo, o salário do setor público é 67% maior do que o setor
privado”, disse.
“Nos últimos 30 anos,
construímos uma estrutura do estado brasileiro onde as corporações públicas e
privadas capturam o orçamento público”, afirmou.
Servidores
O presidente afirmou ainda que as corporações dos servidores públicos têm um viés de defesa do interesse da categoria.
O presidente afirmou ainda que as corporações dos servidores públicos têm um viés de defesa do interesse da categoria.
“Eu brinco que sou o deputado
que mais defende o servidor público, embora eles não acreditem, porque, se eu
quero organizar a despesa e o pagamento em dia do salário deles, eu me
considero um dos seus maiores defensores”, explicou.
Diálogo
Em entrevista coletiva concedida junto com o presidente da Câmara, Davi Alcolumbre destacou a disposição do presidente Jair Bolsonaro para dialogar com o Congresso para aprovar a reforma da Previdência. Bolsonaro tem recebido diversos líderes partidários e presidentes das legendas para debater o texto.
Em entrevista coletiva concedida junto com o presidente da Câmara, Davi Alcolumbre destacou a disposição do presidente Jair Bolsonaro para dialogar com o Congresso para aprovar a reforma da Previdência. Bolsonaro tem recebido diversos líderes partidários e presidentes das legendas para debater o texto.
“O certo é que esse sinal de aproximação, de diálogo e entendimento é o que o Parlamento aguardava do governo federal e do presidente da República”, disse.
Reportagem – Luiz
Gustavo, Edição – Wilson Silveira, Agência Câmara Notícias, 5-4-2019
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ResponderExcluirJá o secretário-adjunto de Organização e Política Sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Eduardo Guterra, disse que a proposta do governo só tem prejudicado os trabalhadores. Ele citou dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo os quais, há 33 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada no Brasil.