Rodrigo Constantino
Ao julgar pela mídia, só se
morre no mundo agora por coronavírus. A contagem mórbida de cadáveres segue
hora a hora, e já passam de 12 mil os óbitos colocados na conta da pandemia.
Toda a minha solidariedade aos parentes e amigos, mas precisamos aqui fazer
análise, não sensacionalismo. Para isso já temos boa parte da imprensa.
Resolvi fazer aquilo que
poucos têm feito: sair do barulho do dia a dia e procurar os dados frios. No
Portal da Transparência temos as causas de morte no país ano a ano. É possível
também afunilar para um período definido. Observando o que matou nossa
população entre meados de março e hoje, e comparando com o mesmo período do ano
passado, pasmem!, concluímos que o abrangente "doenças respiratórias"
foi responsável pela mesma quantidade de óbitos!
"Reparem que o covid-19
basicamente substitui outras causas atreladas a doenças respiratórias, mas não
aumenta o número total. Na verdade, há uma queda de quase dez mil casos de
pneumonia e cerca de sete mil óbitos por septicemia, e 12 mil casos novos de
covil-19.
Da Wikipedia: A sepse ocorre
quando substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea para combater uma
infecção desencadeiam uma inflamação em todo o corpo. Isso pode causar uma
série de alterações que danificam diversos sistemas de órgãos, levando-os a
falhar e, às vezes, resultando em morte. Os sintomas incluem febre, dificuldade
respiratória, pressão arterial baixa, ritmo cardíaco acelerado e confusão
mental.
A análise suscita algumas
questões. Será que há casos considerados de covid-19 e que, na verdade, estão
ligados a outras fontes? Quando observamos os dados por faixa etária, as
dúvidas ficam ainda maiores. Sabemos que os idosos são grupo de risco bem maior
do coronavírus chinês, mas também eles morrem muito mais de pneumonia. E houve
uma queda acentuada de mortes de quem tem mais de 70 anos por pneumonia.
Milagre?
Esses dados geram mais dúvidas
do que certezas, o que deveria levar a uma humildade maior dos
"especialistas", mesmo leigos, que estão seguros da necessidade de
isolamento radical para combater o covid-19. O custo econômico de uma depressão
é certo e gigantesco, e afeta vidas humanas também.
Talvez a quarentena tenha
servido basicamente para reduzir mortes por acidentes de trânsito, sem qualquer
impacto concreto nos casos de doenças respiratórias, e ainda vai produzir, além
de milhões de desempregados, doenças mentais, suicídios e doenças cardíacas
pela angústia gerada. Os que só falam da coronavírus e pregam sem pestanejar o
isolamento radical "perpétuo" precisam dar algumas respostas...
Título, Imagens e Texto: Rodrigo
Constantino, Gazeta do Povo, 13-5-2020, 11h57
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