Para ministro, Brasil tem bons cientistas e
potencial para tecnologia
Agência Brasil
O sucesso no lançamento da
nave Crew Dragon, que decolou na tarde deste sábado (30) do Centro
Espacial Kennedy, na Flórida, rumo à Estação Espacial Internacional, é um
momento histórico para o planeta, disse o ministro da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. Segundo ele, a parceria entre a
Nasa, agência espacial norte-americana, e a empresa privada Space X representa
um marco na articulação entre os setores público e privado.
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Foto: Kim Shiflett/Reuters/NASA |
Segundo Marcos Pontes, o
sucesso na parceria entre o setor público e privado pode ser repetido no
Brasil, impulsionando o investimento em ciência, tecnologia e inovação. “A
gente precisa ter aqui no Brasil empresas que se desenvolvam no setor e ter
todo esse mercado funcionando. Todo nosso esforço no programa é para isso”,
disse. “Temos cientistas muito bons no Brasil”, acrescentou.
Oportunidades
O ministro afirmou que, apesar
de problemas de orçamento da pasta, o governo está disposto a investir em
projetos para o setor espacial por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep). Na semana passada, o ministério começou a discutir com o CNPq uma
linha específica de pesquisa para o setor espacial.
Pontes ressaltou que os
investimentos em ciência geram um círculo virtuoso. “A gente tem problemas de
orçamento? Temos, mas a própria utilização da tecnologia para inovações vai
fazer com que o Brasil tenha, através desses investimentos, mais recursos. E
mais recursos investidos em ciência e tecnologia significam mais
desenvolvimento econômico, mais desenvolvimento social e mais oportunidades”,
comentou.
O ministro destacou que o
Brasil tem potencial para o desenvolvimento científico, por ter abundância de
recursos naturais e cientistas de renome. “Para os jovens que estão assistindo,
pensem em trabalhar com tecnologia, em ciências. Quantas oportunidades existem,
e o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, nós
trabalhamos intensamente, com uma equipe enorme, justamente para dar
oportunidades para vocês fazerem isso”, disse.
Impressões
Ao comentar o lançamento,
Pontes declarou que duas evoluções tecnológicas o impressionaram. A primeira é
o foguete propulsor, que retornou à Terra e pousou com sucesso 9min30s depois
do lançamento e pode ser reutilizado em futuras missões. A segunda foi a
modernidade da cápsula dos astronautas, com painéis touchscreen que dispensam
botões.
“Olhem o painel dessa
espaçonave. É uma coisa impressionante, muito futurístico para quem voou numa
espaçonave antiga. Por um lado, é bacana ver toda essa parte da automação. Por
outro, como piloto, a gente gosta de ter certos controles na mão”, declarou.
Pouco depois de a espaçonave
atingir o espaço sideral, 3min15s após a decolagem, o ministro, o único
brasileiro a ir ao espaço, destacou que dava para ver o formato do planeta. “A
120 quilômetros de altura, eles já estão tecnicamente do espaço. Dessa
distância, dá para ver a curvatura da Terra”, ressaltou.
Título e Texto: Agência
Brasil; Edição: Denise Griesinger – Agência Brasil, 30-5-2020, 19h02
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