Alberto de Freitas
“O cão que fuma” publicou – e
muito bem – o artigo de António Ribeiro Ferreira sobre o “Álvaro” de seu nome e
Ministro da Economia. Infelizmente, sobre o teor do artigo a concordância é
total. E lastimo na medida que a perseguição (há quem diga: “caça”) ao Álvaro,
representa a “radiografia” de um sistema político falhado.
A acusação de não ser
“político”, ou de ter pouco peso político, significa que não toma na devida
consideração a obrigação de pagar “almoços”… os “compromissos” partidários. E
quando se aproxima o momento de “distribuir” 5.800 mil milhões de euros. Para
uma clique partidária em carência de pastoreio, é suplício de Tântalo: tão
próximo e tão inalcançável.
Colocar a última palavra na
atribuição de verbas sob a tutela do Ministro das Finanças, é uma decisão que
alivia a pressão sobre o impolítico Álvaro. E o Ministro das Finanças tem fama
que pedir-lhe algo, é perda de tempo. Os “velhos” políticos reformados, os
ainda ao serviço e escribas do “regime” (de destacar o grupo Impresa – Expresso,
SIC, etc), têm tentado a descredibilização do governo em geral e desses dois
ministros em particular. Como o das Finanças é impenetrável – até no Parlamento
já desistiram de o provocar – “atiram” tudo em cima do Álvaro. Chega-se a um
ponto já próximo da ofensa pessoal, pela considerada ausência de orgulho devido
a não se demitir. Como se no cargo governamental de um político, fosse mais
importante o ego e não a missão de “servir”.
Estou convicto que a única
“bengala” de apoio do 1º Ministro para resistir à “pressão”, seja a situação de
resgate. Pode ser considerado um paradoxo, mas a salvação do regime talvez seja
a crise, responsável da “morte” das fantasias delirantes.
Mas muito melhor que eu,
António Ribeiro Ferreira, “desmonta” o país que (ainda) somos.
Título e Texto: Alberto de
Freitas
Coincidentemente comentava
hoje, na Pensão “Dolisie”, sobre a loucura coletiva que apoderou-se da imprensa
e dos políticos (a ordem da apoderação não interessa) desta bonita terra,
apesar dos enlouquecidos. Comentava, dizia eu, sobre a “caça ao Álvaro”:
acusam-no de não ser político, de ser inábil… o que é ser um hábil político?...
Entre um inábil político e um hábil político desonesto prefiro, de longe, o “inábil”.
Quanto à ofensa pessoal,
contrariamente à opinião de Alberto, ela já chegou e há muito. Ao disparar a
suspeição para o Primeiro-ministro, como gostam de disparar os vestais do Bloco
de Esquerda, ofendem, sim. Nada a ver com debate político, coisa que depois das
últimas eleições ainda não vi, quer dizer, não assisti.
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