Adhemar Ferreira da Silva foi
o primeiro grande campeão olímpico brasileiro e o único a conquistar duas
medalhas de ouro em olimpíadas consecutivas no salto triplo, em 1952 e 1956.
Além de grande atleta, também
teve uma brilhante carreira profissional e foi autor de muitos projetos
esportivos para jovens, com o principal objetivo de "ensiná-los a ser campeões
na vida".
Hoje, aos 73 anos, é
coordenador de esportes da Universidade Sant'Anna, em São Paulo e autor do
projeto esportivo universitário cujo prêmio leva seu nome: "Troféu
Adhemar Ferreira da Silva de Atletismo Internacional Universitário". É
também patrono do Programa de Apoio ao Atletismo patrocinado pela Bolsa de
Mercadorias & Futuros - BM&F
(…)
Portal – Como sr.
vê a condição dos afrodescendentes no Brasil?
Adhemar – Olha, vocês não vão gostar, mas eu não tenho nada a ver com afro-brasileiros.
Adhemar – Olha, vocês não vão gostar, mas eu não tenho nada a ver com afro-brasileiros.
Portal – O sr. não
se considera um afrodescendente?
Adhemar – Eu não. Eu sou brasileiro! Não tenho nada com África. Nada, nada, nada com África. E digo sinceramente porquê. Estive três anos na Nigéria, e em nenhum momento eu ouvi os nigerianos falando em afro-brasileirismo, ou Brasil/África, ou qualquer coisa assim. Eles jamais ligaram para a nossa existência. Portanto eu não tenho nada a ver com eles.
Adhemar – Eu não. Eu sou brasileiro! Não tenho nada com África. Nada, nada, nada com África. E digo sinceramente porquê. Estive três anos na Nigéria, e em nenhum momento eu ouvi os nigerianos falando em afro-brasileirismo, ou Brasil/África, ou qualquer coisa assim. Eles jamais ligaram para a nossa existência. Portanto eu não tenho nada a ver com eles.
Portal – É verdade
que o sr. é rejeitado pelos movimentos afro-brasileiros, tanto pelas alas
extremistas, quanto pelos mais moderados?
Adhemar – Eu não sei, mas acredito que sim, porque por duas vezes eu fui candidato a deputado e não recebi apoio nenhum, mas nenhum, de negros; só recebi dos brancos. Então eu não sei o que acontece, se sou rejeitado. E se sou, também estou pouco ligando para isso.
Adhemar – Eu não sei, mas acredito que sim, porque por duas vezes eu fui candidato a deputado e não recebi apoio nenhum, mas nenhum, de negros; só recebi dos brancos. Então eu não sei o que acontece, se sou rejeitado. E se sou, também estou pouco ligando para isso.
(…)
A entrevista de Adhemar
Ferreira da Silva a Cintia Rabaçal, no Portal Afro, foi concedida em dezembro de 2000. A íntegra da entrevista aqui.
Abaixo, Morgan Freeman diz o
que pensa sobre o “mês da consciência negra”:
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