quarta-feira, 9 de maio de 2012

Roberta Medina: falta um acordo laboral entre Portugal e Brasil



Já não é "a filha de Roberto Medina". Em Portugal desde 2003, a cara (e o cérebro) do Rock in Rio Lisboa tornou-se muito popular como júri dos Ídolos. Com o P3, falou de uma geração "desenrascada" que é necessária no Brasil, mas "sem deslumbre"
Amanda Ribeiro 
É como um “cubo mágico”, descreve. Roberta Medina é sempre Roberta Medina, mas, tal como o quebra-cabeças, há que chegar à face certa. A empresária de 34 anos até pode ter fama de “fera” — não sabe lidar com o incumprimento de prazos, confessa: “um móvel que deveria chegar em 45 dias chega ao fim de cinco meses? Como assim?” — mas a meio da entrevista via Skype chega a ligar a “webcam” só para mostrar peluches do Mickey e (pelo menos dois) do Stitch. Chegou a Portugal em 2003 para fazer a primeira edição do Rock in Rio Lisboa e identificou-se tanto que acabou por ficar. Mudar de país é “delicioso”, por isso até pode acontecer. O que importa é que “o ninho” vá com ela — o marido, Ricardo, e os “cachorros” Bambú e Tara. “O futuro chegou” ao Brasil e, por isso, Roberta alerta: “Cuidado com o deslumbre”. O acordo laboral transatlântico que sugeriu aos dois governos poderia ajudar.

Obteve sucesso num país onde muitos não conseguem encontrar reconhecimento. Como vê a sua geração aqui (em Portugal)?
Acho que se juntou uma baixa auto-estima, um comodismo exarcebado com todo o paternalismo que o Estado foi assumindo — que não é um problema de Portugal, é uma realidade da Europa. Fazer qualquer coisa para sair dessa zona de conforto é saudável. Agora, aqui, as pessoas estavam numa bolha de conforto muito grande.

Falta proactividade no português?
Eu vejo uma atitude muito diferente na geração mais nova. Menos lamento, mais atitude, mas ainda assim têm o vício de: “Alguém resolve o problema pela gente”. Mas, engraçado, eu acho que comparando com Espanha, um país que vinha crescendo há tanto tempo, eu acho que [Portugal] vai sair muito mais rápido da crise. O espanhol não sabe nem do que se trata. Eu acho engraçadíssimo quando falam que o português é o “povo do desenrasca” — bom, já se vê de onde o brasileiro saiu. Isto é uma mais-valia, não é uma coisa ruim. O “desenrasca” é uma atitude criativa e que busca solução. Uma coisa que se pode procurar são os negócios menores, mais focados nas economias locais. Já estamos a ver muitas “start-ups”, já se vê o pessoal se mexendo.
(…)
A íntegra da entrevista aqui

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