Os encargos públicos com as
Parcerias Público-Privadas (PPP) caíram 16,3% no terceiro trimestre de 2012, em
comparação com o mesmo período do ano anterior, para 173,5 milhões de euros,
segundo o boletim divulgado pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).
O decréscimo no encargo
líquido das parcerias, em 33,9 milhões de euros, é explicado por "uma
redução significativa dos encargos com as parcerias rodoviárias, pelo segundo
trimestre consecutivo".
Entre julho e setembro, os
encargos com as parcerias rodoviárias registaram uma redução de 48,1% para 69,2
milhões de euros. Em contrapartida, os encargos com as parcerias da saúde, que
representam 50% dos encargos globais do período, aumentaram 32,7% em relação ao
período homólogo, para 86,6 milhões de euros.
Segundo o relatório da DGTF,
os proveitos decorrentes com origem nas portagens rodoviárias apresentaram
neste período um aumento de 57%, quase 25 milhões de euros, devido à introdução
de portagens no último trimestre de 2011 na A22, A23, A24 e A25.
Mais encargos com a saúde
O aumento dos encargos com a
saúde é justificado pela abertura do hospital de Loures em 2012, dando início
aos pagamentos referentes à gestão e ao "acréscimo significativo" dos
valores liquidados ao hospital de Cascais resultado do aumento da atividade
clínica.
No mesmo período, o encargo
público com as PPP ferroviárias registou uma queda de 42,9% para 1,9 milhões de
euros, valor pago ao Metro Sul do Tejo, referente ao acordo de compensação por
insuficiência dos níveis de procura do serviço.
Em termos acumulados, nos
primeiros nove meses de 2012, os encargos líquidos com as PPP totalizavam 715
milhões de euros, 74,3% dos valores inicialmente previstos para 2012, lê-se no
boletim trimestral.
Redução mínima de 250 milhões
O investimento acumulado em
regime de PPP por sector ascende a 15.220 milhões de euros: 86% no setor
rodoviário (23 das 36 PPP), 10% no setor ferroviário, 3% na saúde e 1% na
segurança.
Por seu lado, o universo das
concessões, que integra 75 concessões em exploração e cinco em construção,
representa, em termos de investimento acumulado, 21.300 milhões de euros.
No terceiro trimestre de 2012,
a Estradas de Portugal chegou a acordo com as subconcessionárias do Baixo Tejo,
Baixo Alentejo, Transmontana, Litoral Oeste e Pinhal Interior com vista à
redução das responsabilidades financeiras do Estado.
O Governo pretende alcançar
uma redução mínima de 250 milhões de euros em 2013 e nos anos seguintes dos
custos para o erário público com as PPP com as renegociações que estão em
curso.
Título e Texto: Lusa/Expresso,
13-01-2013, 15h10
Imagem: Rui Duarte Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-