quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Pela boca morre o peixe

 Maurício Barra
"O ex-secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, defendeu hoje que um novo Governo deverá renegociar a reestruturação dos valores e dos prazos da dívida ( … )"
Ou seja, se Ferro Rodrigues estivesse no Governo, os mercados suspendiam imediatamente a baixa de juros em curso em Portugal, a UE, o BCE e o FMI questionavam-nos se iríamos não cumprir o acordo de ajustamento quando só falta o último terço do prazo, o regresso ao financiamento internacional que nos poderia libertar da “troika”, para acolhermos condições idênticas às de Espanha, era atirado para as calendas, e passaríamos a ser conhecidos por querermos regressar ao caos que a própria Grécia já abandonou.
Eu era para dizer que “mandar bocas é tão fácil quando não se tem a responsabilidade se assumir a realidade“. Mas o caso é mais grave. Revela que o PS continua numa fuga para a frente para voltar a um passado que nos trouxe à falência financeira, e a este desemprego brutal, em vez de criar consensos com os outros partidos democráticos do arco governamental para uma reforma das funções sociais (e algumas obrigações espúrias, como por exemplo as das PPP’s) que viabilize um Estado Social eficiente e justo sem estar captado por nomenklaturas políticas.  Tudo porque o PS, tal como diz o deputado do PS, José Lello, quer proteger a minoria que é "a maioria dos funcionários públicos (que) são eleitores do PS", em detrimento da imensa maioria dos trabalhadores do sector privado, que hoje são esportulados para pagar um estado social socialista ideologicamente ultrapassado e de tal forma sobredimensionado que nos causou a bancarrota.
Título e Texto: Maurício Barra, Forte Apache, 16-01-2013

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