O último episódio dos
especiais “O Caso Varig. O programa Magnavita cumpriu a sua missão de levantar
a questão do fim da maior empresa de aviação que o Brasil já possuiu. Um
trabalho jornalistico único que visou principalmente mostrar o drama pessoal de
milhares de variguianos, aposentados ou demitidos, que hoje passam por
dificuldades e que foram relegados ao esquecimento.
Com as ferramentas existentes
hoje, a efemeridade da TV, da emissão eletrônica, está perpetuada. Esses quatro
episódios são agora um importante documento, que poderão ser vistos pelas
próximas gerações que compreenderão com os depoimentos colhidos pelo programa
Magnavita Repórter Especial, o que ocorreu de verdade. Este trabalho
jornalistico foi feito com fatos. De atos. De ações que atendendo a diferentes
interesses resultou no fim da Viação Aérea Riograndense. Evitamos opiniões ou
achismos. Fizemos o relato de fatos e do que aconteceu. O grande consenso de
todos os entrevistados é que o principio do fim ocorreu exatamente na demissão
do Presidente Fernando de Souza Pinto, instalando-se na Varig, sob o comando de
Yutaka Imagawa uma era de negócios nebulosos envolvendo a familia Folegatti na
Varig Travel e Rocha Lima na VarigLog, tudo isso tendo um ícone da história da
Aviação, Osíris Silva, fundador da Embraer, na cadeira de presidente da Varig.
Esta série mostrou também o jogo dos tucanos para abocanhar a Varig no fim do
Governo Fernando Henrique. As tentativas do ex-chefe da casa civil, José Dirceu,
de favorecer grupos econômicos interessados nos ativos da Varig. Foi mostrada a
última oportunidade de solução, colocada na mesa pelo ministro da Defesa, José
Alencar, e rejeitada pela Fundação Rubem Berta, que escolheu um grupo de notáveis,
demitindo um presidente, Carlos Luiz Martins, que tinha trazido de volta o
lucro operacional da empresa. Foi a pá de cal nas chances de real recuperação
da empresa. A recuperação judicial, os leilões, o fundo Mattilin Petson, a
criação da VRG, a venda de ativos e finalmente a falência da Viação Aérea
Riograndense serão tema, no futuro de uma nova série de especiais. A partir da
recuperação judicial forma-se um labirinto que precisa ser visitado. Um momento
que foi amplamente documentado por nós e que virá à tona. MAGNAVITA REPÓRTER
ESPECIAL encerra com este quarto episódio um ciclo. O nosso agradecimento aos
entrevistados e especialmente aos aposentados pelo AERUS. Fizemos a nossa parte,
e os nossos registros são hoje um valioso documento a serviço da história.
Cláudio Magnavita, Lisboa, 02 de março de 2013
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A real e dolorosa verdade é que a Varig faliu por incompetência, ignorância, burrice, soberba e cobiça dos administradores , (leia-se "Curadores" , o nome parece irônico !).
ResponderExcluirEles tiveram varias oportunidades para negociar e conseguir salvar a empresa, mas não, prevaleceu sempre a ótica atrasada e incompetente dos "administradores". Uma parcela de culpa cabe aos aeronautas mas em qualquer empresa séria isto seria resolvido com gestão, o que faltou completamente à turma de Yutaka, Ermakoff, Adenias, Cury, Zanata, Santos, Sheila, Eremildo Zinaro e outros, São esses que devem ser julgados e colocados na cadeia para ver o sol quadrado. Totalmente lamentável com os aposentados do Aerus, mas sugiro a eles abrir uma açao civel contra os ex-curadores que seguramente terá grande chance de sucesso, confiscando assim as varias fazendas de cafe que Yutaka comprou com dinheiro roubado da pioneira, e onde esta a viver do bom e do melhor. Outro que se locupletou foi o tal do russo Ermakoff, que com o dinheiro roubado abriu uma editora de livros carissimos no Rio. Assinado Um ex-comandante da querida pioneira