José Manuel
Gostaria muito de estar aqui
escrevendo uma mensagem bonita de Natal a todos, no sentido de que esta
passagem fosse mais alegre, mais reconfortante, mais feliz do que todos os oito
anos anteriores.
Infelizmente eu não posso
desejar um feliz Natal, porque isso não seria verdadeiro, vocês não estariam
sentindo isso, soaria como hipocrisia e estaria apenas utilizando mais um
clichê surrado.
No máximo, o que eu posso
fazer e desejo muito, é que a saúde de todos esteja bem, que as famílias
estejam unidas e que continuem acreditando cada vez mais em suas lutas pessoais,
pois o que é nosso, será nosso custe o que custar, mesmo que as forças do mal
que nós conhecemos tão bem, tentem fazer o contrário.
Hoje, 22 de dezembro de 2014, portanto,
a três dias do Natal, e a demora injustificável que uma simples assinatura leva
após ter sido duplamente ratificada pelo Congresso Nacional, temos mais uma vez
a certeza de que não há a mínima vontade, o menor desprendimento humanitário, o
mínimo de tempo hábil, para que a nossa tutela, ganha na bravura, na coragem e
na barra dos tribunais, seja paga antes do Natal.
O meu Natal, com certeza, será
como todos os oito passados, com a tristeza no coração de não poder ver uma
mesa posta com a fartura natalina, sem a alegria que a data requer, e um
presente comprado para aqueles que me são caros.
Mas, quando as faltas são
prolongadas como estas porque estamos passando, nossa alma vai adquirindo uma
certa aura protetora, que nos envolve contra as malignidades cometidas contra
nós. É o manto de Deus nos reconfortando.
E aí, a impressão que dá, é
que tudo continua igual, nada muda e não mais nos faz falta, fazendo, pois é
quando sentimos que estamos nos acostumando e o desprazer na vida, tão já
natural, passa a não ser mais tão fortemente sentido.
Isso, de uma certa forma, é bom,
pois a depressão que está no ar, deixa de nos contaminar, nos dando mais forças
para continuar.
O seu Natal será mais ou menos
parecido com o meu, pois estamos no mesmo barco, as nossas lutas são
semelhantes, os nossos anseios também.
Mas, você, assim como eu, não
vamos morrer por pobrezas de espírito como essas a nós impostas, pois existem
coisas muito importantes a serem feitas para que os Natais futuros aconteçam
com a felicidade desejada.
No máximo, o dia será triste,
sofrido, magoado, mas ao mesmo tempo temos que nos lembrar que a data não é
nossa, e não existe só para dar ou receber presentes, nem uma bela mesa.
A data é d'Ele, a comemoração
é pelo seu nascimento e é a Ele que nunca teve nada, que se despojou de tudo,
até da sua própria vida por nós, que temos que reverenciar com a alegria que
Ele certamente vai estar pedindo que tenhamos.
Essa é uma data, em que o
menos é mais, por Ele, e não podemos nos esquecer disso nunca.
Mas o Natal daqueles que nos têm
nas mãos, por um infortúnio do destino, esse nem eu nem você gostaríamos de
passar algum dia na vida, pois as maldades cometidas contra pessoas idosas e
indefesas, contra toda uma sociedade, estão se voltando furiosamente contra
quem as cometeu.
E nós sabemos muito bem quem foi
e quem são os responsáveis por tudo isso, bastando dar uma olhada nas notícias
diárias para saber onde, como e quando o castigo não só divino, mas também dos
homens ofendidos não tardará a chegar.
E será forte, pelos indícios
que se avolumam cada vez mais, dia a dia que passa, essa data será algo a que
eles jamais irão esquecer.
Quando nascemos somos ungidos
com as opções de vida que devemos seguir, e esse é o nosso código de barras,
moral.
Uns, ao longo da vida
sentam-se em bancos de jardins floridos, respeitando a natureza, seus
semelhantes, e vivem eternamente envoltos pelas flores, pelos animais e pelo
amor.
Outros, em alguns momentos
dessa mesma vida, quando o poder os corrói com a soberba imoral, preferem
sentar-se em barris de pólvora, num flagrante desafio temporal às forças do
universo.
Como naturalmente somos sempre
o resultado de nossas escolhas, não é tão difícil para nós do banco do jardim
florido, adivinhar o porvir daqueles do barril e do pavio aceso, e as suas
nefastas consequências futuras.
Com relação aos nossos
proventos, não se preocupe, pois eles já são nossos por ordem e multa judicial,
e essa demora despropositada, gerenciada com motivação cruel, pérfida, não só
trará a ira dos céus, como também a ira dos magistrados, que certamente após
nos terem alforriado, estão acompanhando passo a passo a agonia e os estertores
de uma classe ofendida.
Vão chegar, e eu e você
estaremos aqui para receber tudo que nos foi roubado, desde a dignidade, até a
pensão alimentar para sobrevivência, e sabe por quê?
Porque nós, eu e você, fomos
os escolhidos e recebemos a nobre missão de lutar até ao final contra esta
injúria patrocinada pelo mal.
Ele nos deu essa determinação,
vamos cumpri-la ao pé da letra e então no seu dia mais do que nunca, rezaremos
pelo seu aniversário, agradeceremos pela vida que nos deu e dividiremos o pão e
o amor com os nossos, assim como ele o fazia exemplarmente com os seus.
Não nos esqueçamos da sua
mensagem.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig,
22-12-2014
FELIZ NATAL!
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=S8mb3_PnFT0&index=5&list=RDdH1_Xu9f_io
https://www.youtube.com/watch?v=ddLd0QRf7Vg
José Manuel,lindo e emocionante...Chorei! Abraços Meu nome Terezinha Lucenir Canha
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