Mais uma patifaria da cambada que prolifera na Comunicação Social

Na primeira página do Correio da Manhã, de 28 de dezembro de 2014 - hoje, portanto - aparece uma chamada de atenção, com letras garrafais, "Governantes devem 6,6 milhões à banca".

Depois, lá dentro, nova chamada com a imagem que abaixo se reproduz.

Claro que, lendo apenas as letras garrafais, o "zé-povinho" logo se apressa a vociferar contra os ladrões do governo, a começar pelo PM, claro, a quem o CM brindou até com a foto, para não haver dúvidas.

Elucidativo da reação que uma coisa destas produz no "zé-povinho" que vota e insulta, é o comentário, de um calhorda qualquer, à notícia que também está visível e que transcrevo para que fique acessível a toda a gente, pela elegância e fino recorte do mesmo:

"compensa-se o endividamento destes artistas roubando um pouco mais à carteira de quem trabalha e de quem teve culpa...”

(Além do mais, nem sabe expressar correctamente o porco pensamento!)

Visto desta maneira, o trauliteiro comentador até poderia ter razão, uma vez que teria sido levado, assim, a supor que se tratasse de negócios ilícitos, que é o que efectivamente se pretende com a forma como a notícia é dada. Notícia, é favor, porque não passa de calhandrice e patifaria, da mais reles.

Como se a ordinarice não bastasse já, mete-se a foto do PM e, em letras pequeníssimas e de cor cinza, quase ilegível, escreve-se:

"Pedro Passos Coelho tem dois empréstimos à habitação".

Como se ter empréstimos para habitação fosse crime,ou sequer qualquer ilícito, ainda que sem importância.

Talvez que o patife que escreveu esta infâmia considere que contrair um empréstimo para comprar habitação, como qualquer português normal fez, é uma ofensa à honradez pessoal de quem o contrai, porque o certo seria arranjar maneira de não necessitar de o contrair, como tantos outros fizerem, alguns dos quais estão agora na pildra.

Não tenhamos dúvidas. Até às eleições isto só vai piorar, porque estes patifes, os mandantes e seus lacaios, não vão parar. Eles não querem que o país melhore, não querem que a corrupção acabe; querem, simplesmente, que nada mude, continuando todos mergulhados no lamaçal em que fomos deixados em 2011.

Miseráveis! 

Título e Texto: Ruben Valle Santos, Facebook, 28-12-2014