Luis Moreira
Em dois dias seguidos e ao
grito de "Alá é grande" dois carros mataram cidadãos inocentes
em França. Este
é o segundo caso do género em dois dias em França. Ontem, em Dijon, ocorreu um incidente
semelhante, também com um condutor que gritou "Deus é grande"
enquanto acelerava sobre os transeuntes. É, claro, que estes crimes são
aproveitados pelas forças da extrema direita xenófoba para
avançar.
Mais de 17 mil pessoas
participaram hoje, em Dresden, na Alemanha, no décimo protesto semanal contra
"a islamização", ao qual responderam mais de quatro mil
contramanifestantes. Estes últimos espontâneamente, cidadãos comuns que não
querem trocar a liberdade pelo medo. As manifestações contra "a
islamização" geraram forte oposição social e política no país, com
associações civis, congregações religiosas e ativistas de esquerda a convocarem
manifestações a favor do multiculturalismo e do direito de asilo.
Há uma semana, a chanceler
alemã, Angela Merkel, condenou firmemente as manifestações,
frisando que na Alemanha não há lugar "para o incitamento ao ódio".
Na verdade, na "terra da fraternidade", não estamos preparados para
trocar a nossa forma cívica e cultural de viver.
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