Páscoa...

Valdemar Habitzreuter

Passagem. Passar da escravidão à liberdade. Moisés, há 2 400 anos, conduziu seu povo à terra prometida, fugindo da escravidão no Egito; uma façanha heroica que mudou o estado de jugo do povo judeu; é a páscoa judaica. É isto: a passagem do estado de escravidão de um povo para erigir uma nação livre. E leis não faltavam para conservar a unidade da nação judaica; leis que, no entanto, impediam o conhecimento da verdade libertadora para este povo que se dizia escolhido por Deus.

Jesus Cristo surgiu do seio desse povo 400 anos depois. Ele, o Messias, percebeu o desvio de Israel: a preocupação de um reino terrestre acima de tudo. Teve coragem de encetar uma revolução para novos rumos para o povo de Deus. Para ele não só os judeus eram o povo escolhido, mas toda a humanidade.

Isto para os judeus significava traição. Onde já se viu um filho seu trair e menosprezar os princípios e leis judaicos e promover outra ordem de vida? Dizer-se o libertador da humanidade? Que o verdadeiro reino que defende não é deste mundo? Que conhecer a verdade é ser livre?

Foi julgado subversivo e perigoso. Pena de morte para ele. E, assim pois, foi executado. Mas, o que pregou reverbera até hoje. Seus ensinamentos e sua proposta de liberdade erigiram o cristianismo.

O cristianismo, pois, é a passagem, a páscoa, do estado de jugo das conveniências terrestres para o estado elevado do conhecimento da verdade que liberta. Acatar e seguir os ensinamentos de Cristo conduz à verdade que eleva o homem à paz e felicidade duradoura.

Grandioso gesto de um Deus-Homem ou de um Homem-Deus que viveu para que a humanidade toda se beneficiasse de seu sangue derramado, escrevendo a História da salvação – o alcance da verdade e liberdade. 

“EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”

A todos uma feliz festa de Páscoa! 

Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 5-4-2015