Luciano Henrique
Clique aqui para ler o texto “#EsseImpeachmentÉMeu!”, na
coluna de hoje de Kim Kataguiri[foto] para a Folha. Aqui traremos apenas alguns
trechos.
Kim começa lembrando como o
governo e setores da imprensa inventam o mito de que o impeachment “se resume a
um mero embate entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha”. Lembra também que existe a farsa dita pelo PT de que o processo
“é golpe da oposição”.
O detalhe, como lembra Kim, é
que “o impeachment começou a ser debatido pela classe política única e
exclusivamente por causa da pressão popular. Antes de a população impor essa
pauta, até a oposição a rejeitava”.
Claro que a mídia hoje fala
aquilo que as verbas estatais ditam o que ela deve dizer, que não difere
daquilo que é escrito pelos marqueteiros do PT.
E aí ele relembra como a coisa
foi diferente no impeachment de Collor:
Durante o processo de
impeachment de Collor, a história foi bem diferente. As manifestações eram
apoiadas ou organizadas por diversos partidos políticos. A narrativa da
imprensa também era outra: não se falava em “golpismo” ou “fascismo”, mas em
“festa da democracia” e “momento histórico”.
Partidos de esquerda
levantavam a bandeira da honestidade. Lula discursava sobre a importância de o
povo ter o poder de destituir um político. A população mantinha a esperança de
que um governo de esquerda pudesse trazer uma nova moralidade.
E o que mudou?
Como bem lembra Kim, hoje “as
manifestações são contra um governo de esquerda”. Logo, eles entendem estar
acima da lei. É muito pertinente que Kim lembre que hoje “a sociedade
brasileira tornou-se menos ingênua”. Complementa lembrando que “em política, a
perda da ingenuidade será sempre um bem”.
Eis a bela conclusão:
Hércules tinha de limpar uma
estrebaria imensa. Nós temos o Estado brasileiro a limpar, transformado que foi
em estrebaria. O herói grego precisou desviar dois rios para completar sua
tarefa. Nenhum de nós, individualmente, tem o poder de eliminar o lamaçal que
tomou conta do país. Até porque “mar de lama” há muito deixou de ser só uma
metáfora. Mas nós somos o mar de gente e temos ao nosso lado a Constituição e
as leis.
No dia 13 de março, devemos canalizar esse mar para as instituições.
Fortalecidas, elas resgatarão a dignidade do poder. Ainda assim, temos de ter
em mente que o impeachment não é panaceia. O caminho até uma República forte e
um Estado que atenda aos interesses da sociedade é longo. A queda de Dilma
Rousseff é só a primeira das doze tarefas.
Belas palavras, úteis para não
deixar ninguém esquecer que derrubar este governo tirânico é apenas o começo.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henriques, Ceticismo Político, 9-2-2016
#EsseImpeachmentÉMeu!
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