… o Aedes Aegy...PT
José Carlos Bolognese
Não é só pelo fato de seu
agente inoculador ser um mosquito, voador por natureza. E não é só por ter
“dado a zica” num monte de gente da aviação (desta vez, os inoculados) que uma
coisa lembra a outra, ainda que num esforço de imaginação.
O atual surto de zikavírus já
é mais uma carga perigosa transportada pelo mesmo veículo, o famigerado aedes
aegypti. Já conosco, povo a quem se deu a maior “zica” da aviação brasileira, a
bananosa veio pelas asas de um predador muito mais letal, o Aedes Aegy-PT!
Mas o que chama mais a atenção
na semelhança entre os dois conceitos é que a amnésia pós alívio conduz ao
ressurgimento de outras zicas e zikas das quais devíamos ter nos livrado há
muito tempo.
O mosquito já havia sido
erradicado nos anos 1960 e voltou porque o que se entendeu por erradicação foi
uma falácia promovida por governos irresponsáveis, combinando com uma sociedade
alienada. Só faltou combinar também com os russos… ou melhor, com as fêmeas
picadoras dos Aedes. Penso que o uso do verbo erradicar precisa ser seriamente
repensado.
Nós, quando assinamos o
contrato de previdência complementar com a Varig e o Aerus também acreditávamos
numa espécie de erradicação: o fim do miserê da dependência única do INSS.
Dando como favas contadas, voltamos à pista, menos para decolar e mais pra
dançar.
Agora, em 2016, no auge da
Zika (com K) voltamos lentamente ao alienante e amnésico alivio pós suposta
erradicação da Zica (com C). Se não ficarmos espertos esse alívio da Zica aérea
dura só até o fim deste ano e o pior dos mundos pode ser o calote supostamente
erradicado… de volta… o aumento das cargas letais do Aedes Aegypti, o mosquito.
Vai ser terrível estar em
qualquer lugar… na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê… mas sem grana
pra comprar o repelente.
Espero que não, mas há um
tanto que podemos fazer para nos livrarmos da dupla Zica&Zika.
Ativos até à solução que nos
sirva.
Título e Texto: José Carlos Bolognese, 14-2-2016
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Então, concordo entendo e sei que temos uma Tutela provisória. Aí pergunto: O que podemos fazer? Estamos nas" mãos " da Lei, do TRF1 e STF, e de um órgão obstinadamente dedicado a protelar, que é a AGU, E então?
ResponderExcluirH Volkart