José Manuel
Hoje, 15 de julho, mais uma
vez estamos perplexos com mais este atentado terrorista na França, com mais de oitenta
mortos e uma centena de feridos.
Não é só um atentado contra
uma nação, mas acima de tudo um atentado bárbaro contra a vida, enfim, contra a
humanidade.
Ficamos, obviamente, perplexos
com as notícias que nos chegam do exterior, mas não nos importamos muito com as
notícias aqui mesmo dentro de nossa casa. Aliás, certos fatos nem são do nosso
conhecimento por pura falta de interesse da sociedade que deveria prestar mais
atenção.
Lá fora é um atentado
terrorista, mas aqui dentro o terror não é seletivo, é constante, bárbaro e não
comove.
Somente no Estado de
Pernambuco, em junho de 2016 foram trezentos e trinta e três seres humanos
assassinados, sendo trinta e sete mulheres. Um atentado terrorista muito maior
que o sucedido ontem na França. Não vem ao caso se é político ou criminalidade
urbana. São assassinatos bárbaros.
O que acontece durante quarenta
e oito horas no Rio de Janeiro é o equivalente a uma guerra civil: corpos na
calçada, tiroteios, execuções. Na Cidade Maravilhosa, a morte violenta virou
banalidade. Os gatilhos da barbárie estão nas vias que à noite se tornam rota
exclusiva de bandidos, nos arrastões que espalham o terror, na fuzilaria entre
quadrilhas, na polícia mal equipada, encurralada, ausente e brutal. Com oito
duplas de repórteres, VEJA acompanhou as ocorrências policiais das 20h da sexta-feira,
1º de julho, às 20h do domingo. O saldo: vinte e sete mortos, vinte feridos,
dezenove tiroteios, sete arrastões. (Última revista Veja em 09/07/2016).
Isso em apenas quarenta e oito
horas e só no Estado do Rio de Janeiro.
Se não é terrorismo então o
que é essa barbárie em que a população assiste atônita todos os dias, sem saber
o que fazer, a quem recorrer, mas também não toma nenhuma atitude. E elas
existem, muitas, principalmente cidadãs.
A calça de veludo, brilhante,
cara, uma NewMan de marca, são as olimpíadas num país cercado pelo terror por
todos os lados, onde como sempre se maquiam dados, se escondem favelas para que
os turistas se sintam pseudo protegidos.
Lá no exterior, as forças de
combate ao terror estão sempre em prontidão com equipamentos de última geração,
roupas e alimentação adequada, coisa de primeiro mundo.
Aqui, a Força Nacional é
chamada para aparentar uma tênue vigilância, com salários atrasados,
equipamentos atrasados, são "hospedados" em pocilgas onde não há
camas, nem água, o básico diário, e ameaças de greve ao evento da calça de
veludo. Coisa de submundo.
A calça de veludo são as
olimpíadas, onde se gastam bilhões em eventos passageiros, mas se deixam
milhões morrer à míngua e à margem da sociedade.
O rabo sujo é tudo isso aqui
em cima.
Título e Texto: José Manuel, 15-7-2016
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A "Força Nacional" está sendo monitorada e constrangida pelos milicianos - bandidos da polícia disfarçados de polícia - que dominam os conjuntos onde a FN foi alojada! Essa é a segurança? Sorte se o terrorista deixar o Brasil de lado!
ResponderExcluirEm QUATRO ANOS, na SÍRIA morreram 256 MIL pessoas,
ResponderExcluirno RIO morreram 279 MIL !