quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Por quê?

Aileda de Mattos Oliveira

Há uma razão para cada fenômeno que ocorre no mundo, que nem sempre é explicado convincentemente, assim ficamos limitados a explicações aparentemente aceitáveis, embora sem sólida fundamentação.

É o caso do fenômeno ‘Brasil’. Teorias de antropólogos, sociólogos, etnólogos, geopolíticos não explicam a contraposição entre a grandeza da terra e a pequenez de grande parte de sua gente. Outro fator intrigante incomoda aqueles que dedicam a essa terra um grande apego cívico e afetivo: por que motivo esse país não se define, vivendo em contínuos ciclos de desordem social e política, os quais o mantêm prisioneiro do atraso cultural em todas as áreas, sem reconhecimento, sem protagonismo?

Ignorado por considerável parte de sua população, sem ânimo, aquietando-se na ignorância que a escraviza aos poderosos, é desse povo, tido como ‘pacífico’, eufemismo para encobrir a sua abúlica apatia, que sai a canalha política de governantes, deputados, senadores, magistrados e outros servidores de diferentes instituições, todos agindo como feras famintas, babando de prazer na partilha da carniça em que transformaram o país, dando vazão ao instinto de pilhagem.

Que fenômeno estranho ocorreu quando da chegada das caravelas que estigmatizou essa terra como centro da podridão moral, de terra enjeitada pelos deuses, sem futuro, sem desenvolvimento, sem caráter? O que verdadeiramente aconteceu e não foi relatado na Carta de Caminha, tão detalhista como escrivão da frota, e que aprisionou a Colônia e manteve o Brasil nessa situação secundária, pelo descaso de seu povo e dos políticos desonestos que aqui proliferam? Que fator causal veio a impedir o desenvolvimento natural desse povo, desse país?

Será o Brasil um centro de expurgo da galáxia? Será sede do esgoto moral planetário? Temos que pensar assim, se compararmos os governantes dos demais países que, nem por ideologia, vendem as suas pátrias. Por que razão somente nesse país nasceram jornalistas, artistas, políticos, todos apátridas, omissos nas questões nacionais, cúmplices na entrega de seu território a qualquer estrangeiro aproveitador da conhecida índole de mascate de renomados entreguistas?

Por que nasceu aqui a gentalha política do universo? Por que um Lula, uma Dilma, os falsos ‘movimentos sociais’ criados por essa dupla de desclassificados se movimentam no território se não trabalham, só consomem, só destroem? Por que somente nesse país governantes coniventes, medrosos, covardes, fraudadores, fazem acordo com os anárquicos para terem apoio? E a Corte Suprema, o que faz? Subverte as leis.

Num determinado tempo, nessa terra, houve homens valentes, de modelares condutas, mas como os exemplos não foram seguidos, deixaram de existir.

Esse é um país sem liderança, da indisciplina, da desordem pública, que repudia as poucas instituições organizadas, lembradas, tão-somente para impor a ordem, a disciplina a olhos estrangeiros nos farsescos eventos bilionários.

Triste país que tem, como autoridades, peritos em cofres públicos, sábios em lesar aposentados, presidentes com linguagem grotesca, falida Justiça que liberta mil criminosos, às vésperas de competições mundiais, numa ode à desvalorização das leis!

Que fator causal foi responsável por essa deformação genética do Brasil?
Título e Texto: Aileda de Mattos Oliveira, 3-8-2016 
(Doutora em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)

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