Aileda de Mattos Oliveira
Há uma razão para cada
fenômeno que ocorre no mundo, que nem sempre é explicado convincentemente,
assim ficamos limitados a explicações aparentemente aceitáveis, embora sem
sólida fundamentação.
É o caso do fenômeno ‘Brasil’.
Teorias de antropólogos, sociólogos, etnólogos, geopolíticos não explicam a
contraposição entre a grandeza da terra e a pequenez de grande parte de sua
gente. Outro fator intrigante incomoda aqueles que dedicam a essa terra um grande
apego cívico e afetivo: por que motivo esse país não se define, vivendo em
contínuos ciclos de desordem social e política, os quais o mantêm prisioneiro
do atraso cultural em todas as áreas, sem reconhecimento, sem protagonismo?
Ignorado por considerável
parte de sua população, sem ânimo, aquietando-se na ignorância que a escraviza
aos poderosos, é desse povo, tido como ‘pacífico’, eufemismo para encobrir a
sua abúlica apatia, que sai a canalha política de governantes, deputados,
senadores, magistrados e outros servidores de diferentes instituições, todos
agindo como feras famintas, babando de prazer na partilha da carniça em que
transformaram o país, dando vazão ao instinto de pilhagem.
Que fenômeno estranho ocorreu
quando da chegada das caravelas que estigmatizou essa terra como centro da
podridão moral, de terra enjeitada pelos deuses, sem futuro, sem
desenvolvimento, sem caráter? O que verdadeiramente aconteceu e não foi
relatado na Carta de Caminha, tão detalhista como escrivão da frota, e que aprisionou
a Colônia e manteve o Brasil nessa situação secundária, pelo descaso de seu
povo e dos políticos desonestos que aqui proliferam? Que fator causal veio a
impedir o desenvolvimento natural desse povo, desse país?
Será o Brasil um centro de
expurgo da galáxia? Será sede do esgoto moral planetário? Temos que pensar
assim, se compararmos os governantes dos demais países que, nem por ideologia,
vendem as suas pátrias. Por que razão somente nesse país nasceram jornalistas,
artistas, políticos, todos apátridas, omissos nas questões nacionais, cúmplices
na entrega de seu território a qualquer estrangeiro aproveitador da conhecida
índole de mascate de renomados entreguistas?
Por que nasceu aqui a gentalha
política do universo? Por que um Lula, uma Dilma, os falsos ‘movimentos
sociais’ criados por essa dupla de desclassificados se movimentam no território
se não trabalham, só consomem, só destroem? Por que somente nesse país
governantes coniventes, medrosos, covardes, fraudadores, fazem acordo com os
anárquicos para terem apoio? E a Corte Suprema, o que faz? Subverte as leis.
Num determinado tempo, nessa
terra, houve homens valentes, de modelares condutas, mas como os exemplos não
foram seguidos, deixaram de existir.
Esse é um país sem liderança,
da indisciplina, da desordem pública, que repudia as poucas instituições
organizadas, lembradas, tão-somente para impor a ordem, a disciplina a olhos
estrangeiros nos farsescos eventos bilionários.
Triste país que tem, como
autoridades, peritos em cofres públicos, sábios em lesar aposentados,
presidentes com linguagem grotesca, falida Justiça que liberta mil criminosos,
às vésperas de competições mundiais, numa ode à desvalorização das leis!
Que fator causal foi
responsável por essa deformação genética do Brasil?
Título e Texto: Aileda de Mattos Oliveira, 3-8-2016
(Doutora em Língua Portuguesa.
Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)
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