Anelise Borges
Um país à beira do colapso.
A Venezuela atravessa um período conturbado em termos
políticos, econômicos e sociais. O caos tem saído às ruas com frequência e
aquele que foi um dos países mais prósperos da América Latina está
agora em queda livre.
Para muitos, o problema está
no topo. Nicolás Maduro chegou ao poder em 2013 para dar
continuidade à revolução bolivariana de Hugo Chávez. A sua autoridade foi
colocada em causa após as eleições do ano passado, que lhe garantiram um
segundo mandato entre acusações de irregularidades e uma abstenção superior a
50%. Em janeiro, entrou em cena Juan Guaidó.
O presidente da Assembleia
Nacional socorreu-se da constituição para se autoproclamar presidente interino
com a promessa de eleições livres. O apoio dos Estados Unidos foi imediato, o
exemplo foi seguido por vários países da América Latina e da União Europeia.
A euronews viajou até à
Venezuela para tentar perceber o que vai acontecer. No Palácio de Miraflores
entrevistou Nicolás Maduro que assumiu algumas culpas, mas também distribuiu
mais pelos Estados Unidos e pela Europa.
Euronews: Hoje, o seu país
está numa encruzilhada, um país com dois presidentes. O que está exactamente a
acontecer na Venezuela?
Nicolás Maduro: Não é
possível ter dois presidentes num país. Na Venezuela, há apenas um presidente
constitucional, eleito pelo voto popular, de acordo com as instituições
políticas da Venezuela. Esse presidente, é este humilde servo, Nicolás Maduro
Moros. Há um golpe a decorrer; mas já falhou; nós neutralizamo-lo. Isto foi
promovido pelo governo dos Estados Unidos dentro da Venezuela. Os Estados
Unidos usaram todo o seu poder político, diplomático e econômico para tentar
instalar um governo fantoche na Venezuela. Algo sem precedentes na nossa
história.
Mas Estados Unidos, União
Europeia e vários outros países reconheceram Juan Guaidó como o presidente
interino...
Violando todas as regras da
Carta das Nações Unidas, que proíbem a ingerência nos assuntos internos, e
violando até os preceitos da Constituição venezuelana, numa tentativa de
dominar, conquistar e criar uma relação neocolonial com a Venezuela. De
qualquer modo, quem decide a vida política de um país, quem elege os
presidentes nos países do mundo é a soberania popular e na Venezuela não é
exceção.
Podem dizer o que quiserem - o
governo de Donald Trump, a administração extremista da Casa Branca e seus
governos satélites -, mas na Venezuela o povo é soberano e decide. Nenhum
governo estrangeiro decide por nós.
Mas também é um povo
dividido. Quero centrar-me primeiro na pressão internacional. Está sob uma
pressão internacional sem precedentes. Como resolve isto? Todos conhecemos seus
inimigos, mas quem são seus amigos hoje?
Penso que temos muitos amigos
no mundo. De qualquer modo, esta é uma batalha global. Quem transformou a
batalha pela Venezuela numa batalha global? Os interesses da elite extremista
que governa os Estados Unidos. O interesse real da elite nos Estados Unidos não
é a democracia, eles não estão interessados na democracia no mundo, só há
interesse em saquear nossa riqueza. Esse é o interesse verdadeiro.
Pediu uma reunião com
Donald Trump. É para tentar resolver esta crise?
Quando a pedi, a situação era
diferente. Acredito sempre que se pode abrir caminhos de diálogo e através do
diálogo é possível encontrar um entendimento de convivência, de coexistência
pacífica, de respeito. Mas é impossível. Eles mataram qualquer possibilidade de
diálogo, de reaproximação, mataram-na. A Casa Branca deu ordem de diálogo zero
e isso é lamentável. Acredito no diálogo, acredito em palavras, acredito na
diplomacia.
Acredita que o diálogo aqui
na Venezuela é possível? Está disponível para falar com o senhor Juan Guaidó
por exemplo?
Fiz mais de 400 pedidos à
oposição para o diálogo. A oposição vai muito além da figura que eles colocaram
como presumível presidente interino; muito além. Este senhor é circunstancial.
Estou disposto e pronto para dialogar com a oposição em conjunto ou em separado,
em qualquer altura e lugar. Acredito verdadeiramente, Anelise; estou convencido
de que o que pode ajudar a Venezuela este ano e nos próximos anos é um diálogo
honesto, com uma agenda aberta, e que façamos acordos abrangentes para o bem da
Venezuela, pela prosperidade do país.
Uma das principais
condições deste diálogo poderia passar pela autorização da entrada de ajuda
humanitária no país - algo que sempre disse que não faria, que não vai permitir
a entrada desses produtos no país porque acredita que é uma intervenção
estrangeira; um ataque à soberania. Apesar disso, é um mecanismo disponível e a
Venezuela é um país que tem grandes necessidades neste momento. Não considera
errado fazer política disso, dessa questão em particular?
É errado usar o conceito de
ajuda humanitária como uma questão política ideológica, como forma de humilhar
um país. E esse é o erro cometido pela oposição venezuelana e também pela
administração Trump: querer humilhar um país. Eles congelaram mais de 10 mil
milhões de dólares no estrangeiro. Isso significa que nossas contas estão sob
escrutínio externo. Quase nos impedem de importar medicamentos e comida, porque
controlam o nosso dinheiro em contas estrangeiras em todos os cantos do mundo.
Depois de nos congelarem 10 mil milhões de dólares ou mais, vêm dizer-nos que
vão doar 20 milhões de dólares de uma comida contaminada, comida estragada. É
uma contaminação.
Porquê contaminada? Tem
provas de que esses alimentos estão contaminados; de que essa ajuda está
contaminada? Acredita nisso?
Bem, a informação saiu da
própria Colômbia. É comida que não tem sido...; que está cheia de elementos
químicos cancerígenos; que não teve os testes necessários; que, mesmo na
Colômbia, já causou vários casos de intoxicação alimentar. Agora, além disso,
eles politizaram o conceito de ajuda humanitária. Se querem ajudar a Venezuela,
digo a Donald Trump, digo a Mike Pompeo, digo aos governos que estão por detrás
deste espetáculo: libertem as contas que nos congelaram; libertem o ouro que
nos roubaram e a Venezuela tem recursos suficientes para importar tudo o que
precisamos. Parem com este espetáculo macabro de sufocar a Venezuela e depois
oferecer uma migalha. Nós não somos mendigos de ninguém.
A situação é muito difícil
na Venezuela hoje. Há falta de medicamentos. Visitei alguns hospitais e
conversei com médicos que me disseram que não é fácil trabalhar e ajudar os
venezuelanos. Reconhece pelo menos que o seu país tem um problema; um problema
sério?
Diga-me um país do mundo, ou
do terceiro mundo que não tenha problemas. Diga-me um país que não tem
dificuldades para ultrapassar a pobreza. Um país latino-americano. Dou o
exemplo de nossos vizinhos na Colômbia. Mas você não vai para a Colômbia com
uma lupa. 70% de pobreza na Colômbia, 30% de miséria. As pessoas saem da
Colômbia há anos. Mais de 15 milhões de colombianos emigraram, mas ninguém dá
destaque a isso. Por é que eles colocam os holofotes sobre os problemas da
Venezuela? Para justificar uma história, uma narrativa que justifica a
intervenção no nosso país, o controle do nosso país.
Falou sobre a experiência
das pessoas nos bairros, nas áreas mais modestas de Caracas e noutras partes do
país. São pessoas que apoiaram a revolução, que apoiaram seu mentor Hugo
Chávez, que o apoiaram a si. Muitos deles, no entanto, têm relatado
circunstâncias extremamente difíceis. Várias pessoas com que falei - senhor
Maduro - que nos últimos anos vieram à Venezuela, disseram-me que o apoiavam,
mas que é cada vez mais difícil fazê-lo. Como é que isso o faz sentir?
Se não existisse um povo
consciente, se não tivéssemos um povo com valores, revolucionário, a revolução
bolivariana teria desaparecido há algum tempo. O comandante Chávez também ouviu
muitas vezes: você já perdeu a base de apoio; e ganhou uma, duas, três vezes. A
mim, dizem-mo desde o primeiro dia em que o Comandante Chávez me deixou esta
responsabilidade. Aqui temos um importante apoio maioritário, que é um apoio
moral e espiritual. Que é um apoio político profundo. No mesmo local que em que
dizes que há sofrimento, o povo tem consciência, sabe por que luta e sabe que
única esperança de um país decente, em que se respeite que não nos tornemos uma
colónia, é a revolução bolivariana. Acredite, se não tivéssemos vencido
eleições consecutivas nos últimos 18 meses - ganhamos seis eleições
consecutivas -, e se hoje existissem eleições - garanto-lhe Anelise - em eleições
para a Assembleia Nacional que estão pendentes no Parlamento, as forças
bolivarianas voltariam a ganhar.
Estas últimas eleições
foram impugnadas por vários países. Eu quero voltar a isso num minuto porque
quero recuperar uma coisa: Disse - e disse repetidamente - que a Venezuela é a
vítima de uma agressão dos Estados Unidos. Estão a travar uma guerra económica.
Assume alguma responsabilidade pelo que está a acontecer no país? Considera que
houve algum erro da sua administração em relação à situação em que a Venezuela
se encontra?
Claro que assumo
responsabilidades, caso contrário não estaria governando. Caso contrário, não
estaria presidindo ao país. Se não, não estaria liderando este poderoso
movimento revolucionário que é o movimento bolivariano. Assumo todas as
responsabilidades diárias económicas, políticas, sociais e da educação do povo.
Todos os dias governo com o povo. O n O nosso é o método de um governo da rua,
com os movimentos sociais, com todos os setores - mulheres, jovens, operários,
profissionais. Por exemplo, eu venho para esta entrevista depois de um encontro
com mais de 100 mil jovens, onde trabalhei questões da juventude. Assumo toda a
responsabilidade. Erros? Diga-me quem não comete erros. O único erro que não
cometi nem cometerei é trair a minha pátria, é dar o braço a torcer ou
render-me e ficar de joelhos frente a Donald Trump. Eu nunca vou fazer isso.
Nós não nos vamos render. Continuaremos a lutar com as dificuldades e a superar
os erros... e temos convicção na garantia – Analise – de que a Venezuela
seguirá em frente. Percebemos que somos mais livres e independentes do que
pensávamos do império do norte, dos seus governos satélites na Europa e de
alguns governos latino-americanos. Somos muito mais livres e independentes.
Existe outro mundo. Nasceu um mundo multipolar e multicêntrico... Há novos
centros de poder económico, social e militar no mundo. Acabou o mundo unipolar
em que um único império ditava uma ordem para todos cumprirem. Não. Há outro
mundo e a Venezuela dá conta da construção deste novo mundo e nele
continuaremos a seguir em paz. O golpe que tentaram impor na Venezuela e o
intervencionismo dos Estados Unidos vai fracassar. Eles serão derrotados e,
mais cedo ou mais tarde, terão de se sentar numa mesa de diálogo, respeitar-nos
e respeitar as regras do jogo do direito internacional.
Imagino que os seus
aliados: Rússia, Turquia, China…sejam aliados muito importantes para a
Venezuela hoje em dia. Até que ponto é importante para o país tê-los do seu
lado?
Tem uma grande importância não
só para a Venezuela mas para o mundo. A República Popular da China é a grande
potência económica do Século XXI, além de ser uma grande potência política. Já
mostrou que pode ser uma grande potência sem ser um império, sem estabelecer
relações de domínio, de chantagem, relações neocoloniais com outros países.
Temos uma relação de cooperação extraordinária, uma associação estratégica com
a China, uma relação de respeito, de benefício mútuo que trouxe grandes
vantagens para o nosso desenvolvimento e a nossa economia nos últimos 15 anos.
Com a Federação Russa também. A Rússia recuperou, é um grande protagonista
internacional. É uma potência política, económica e militar de primeiro nível.
Com o presidente Putin também temos relações estreitas de cooperação. Creio que
estas duas potências, junto a potências médias como a Turquia, a Índia, o Irão,
a África do Sul... vão determinar o futuro da humanidade. O futuro da
humanidade não pode ser o mundo inteiro ajoelhado perante o império
estado-unidense.
Fala uma vez mais como se
houvesse dois polos... soa a um conflito, uma batalha. Uma batalha por
influência, pelo poder. Mas senhor presidente, mesmo que seja esse o caso, a
sensação que dá é que os cidadãos da Venezuela são os grandes derrotados...
Estou de acordo. Quem é que
sai prejudicado com as sanções internacionais, com o bloqueio económico? Quem é
que sai prejudicado com toda esta campanha mundial? O povo da Venezuela, que
tem o direito a viver tranquilo, em paz. Penso que Federica Mogherini, a União
Europeia e os principais governos da Europa cometeram um erro com a Venezuela.
Ouviram apenas uma parte, agarraram-se a um dos lados. Não ouviram o país
inteiro, que pede paz, diálogo, entendimento, respeito... e não nos ouviram a
nós, que temos uma voz enquanto poder real, verdadeiro. Penso que a Europa se
juntou de forma acrítica a uma política errada de Donald Trump. Donald Trump,
que espezinhou a NATO, que espezinhou os governos da Europa, que espezinhou a
União Europeia, simplesmente torceu-lhes o braço até os obrigar a seguir uma
política que prejudica a Venezuela. Vive aqui quase um milhão de migrantes
europeus, 300 mil italianos, 300 mil portugueses, 300 mil espanhóis... quase um
milhão de europeus. A União Europeia abandonou-os aqui e abriu as portas a uma
invasão militar dos Estados Unidos. Donald Trump anunciou há dias que a via
militar era uma opção para a Venezuela. Penso que a União Europeia tem de
escutar o país inteiro, aprender a ouvir todos de forma equilibrada e retificar
a sua política sobre a Venezuela.
Falou de migrantes, de
pessoas que vieram para a Venezuela. Nós também vimos imagens de centenas de
milhares – as Nações Unidas falam de 3 milhões – de venezuelanos a abandonar o
país. Já falou sobre este tema e disse que era uma invenção, que isto não
existia... viu as imagens? Como se sente ao ver essas pessoas atravessar as
pontes e a voar para a Colômbia e outros países?
Nunca disse que isto não
acontecia, é uma realidade. Há um grupo de venezuelanos que durante os últimos
dois ou três anos, por motivos econômicos, por causa da guerra econômica,
decidiu procurar novas opções. Talvez entre 600 e 800 mil venezuelanos. Vários
milhares estão de regresso porque encontraram nesses países xenofobia, escravagismo
laboral e condições que nunca pensaram encontrar e decidiram voltar ao seu
país. O que também posso dizer é que essas imagens que disse que viu são a
maior manipulação que já foi feita. Pode ir hoje à principal ponte que liga a
Colômbia e a Venezuela, em Cúcuta e San Antonio del Táchira e ver. O que as
equipas de jornalistas mostraram foram imagens de um grande fluxo de
colombianos vindo para a Venezuela, de venezuelanos a caminho da Colômbia... de
“vene-colombianos”, de “colom-venezuelanos”. São famílias que partem da
Colômbia, que partem da Venezuela e que representam um fluxo de 30, 50 e às
vezes 60 mil pessoas que atravessam a fronteira por razões comerciais, para
desenvolver atividades económicas, por motivos familiares. Usaram essas imagens
para dizer que se iam embora 3 ou 5 mil venezuelanos.
De acordo com a ONU são
mais os venezuelanos que se deixam ficar do outro lado da fronteira e não
voltam. Disse que muitos tinham ido devido às dificuldades no seu país. Quero
voltar às condições difíceis no país porque algumas pessoas dizem que talvez
não tenha essa noção porque é presidente e pode ter perdido ligação com a dura
realidade dos seus compatriotas. Se lhe perguntar o que pode comprar hoje em
dia com 2 mil bolívares, sabe a resposta?
Se não entendesse a situação
do meu país, não seria presidente eleito e reeleito. Entendo porque venho do
povo. Deve saber que não fiz a minha educação em Harvard nem na Escola das
Américas. Não tenho nome de família nem sangue azul. Sou um trabalhador, um
homem do povo e todos os dias estou com o povo. Estou em contato permanente e
sei exatamente o que se está a passar. Não temos aqui um povo órfão nem
abandonado. Temos um povo agredido, isso sim. Diga-me que outro país aguentaria
a agressão econômica da nação mais poderosa do mundo. Quem seria capaz de aguentar?
Ter os bens congelados, as contas perseguidas, a importação do que precisamos
proibida... a Venezuela está a fazer um esforço heroico, verdadeiro, admirável.
Admiro o heroísmo do povo venezuelano, a forma como enfrentou estas
circunstâncias. Vamos seguramente seguir em frente.
Como considera que vai
passar à história?
Não sei, mas estou seguro de
que não me vão recordar como débil, cobarde nem traidor. O meu papel está claro
e todos os dias me encho de coragem, de paixão pela minha pátria, do amor que
me move. O que me move é o amor. Não me seduz o desejo de ser um magnata, de
enriquecer pessoalmente nem de enriquecer grupos econômicos. O que nos move é
uma ideia de pátria, A pátria, a nossa história ao longo de 200 anos. Estou
seguro que vai continuar a ser escrita por nós. Depois... o futuro? Bom, espero
que me recordem objetivamente pelo que fui, pelo que sou. Mas pode ter a
certeza que vamos seguir em frente com cabeça, com perseverança para defender
os direitos do país perante a agressão que se esconde a ocidente. O ocidente
esconde uma agressão. Pense, Analise. Por favor, pense como uma jornalista
jovem. Não fez uma única pergunta sobre a agressão de Donald Trump, sobre as
ameaças de invasão militar porque o estão a esconder. Seria uma tragédia, uma
tragédia pior que a Líbia.”
Tem medo que isso possa
acontecer?
Quando o presidente extremista
de um país, como Donald Trump, ameaça constantemente uma invasão militar é
preciso estar preocupado.
Está a preparar-se?
Ninguém no mundo está
preparado. Preparamo-nos primeiro para derrotar as suas ameaças. Faço um apelo
aos povos da Europa, um apelo a todas as pessoas sensíveis, faço-lhe um apelo a
si para que reflita... este povo nobre da Venezuela tem o direito de ser
respeitado, tem o direito à paz. Não escondam a agressão dos Estados Unidos por
trás dos problemas que eles próprios criam. Criam um problema com agressão, com
sanções, e depois aplicam-no ao modelo político, à Revolução Bolivariana. Somos
alvo da agressão mais brutal. Os Estados Unidos estão concentrados apenas num
objetivo no mundo: destruir a Venezuela, colonizar a Venezuela, destruir a
Revolução. Não conseguiram e não conseguirão. Aqui vai prevalecer a paz, pode
ter a certeza. Vamos ver-nos novamente nos próximos anos e poderá ver como floresce
um novo tempo na Venezuela. Vamos tornar isso possível.
Imagem, Vídeo e Texto: Anelise Borges, EuroNews, 13-2-2019
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