domingo, 24 de fevereiro de 2019

As coisas de plástico, como o governo

Vitor Cunha

A perseguição a cotonetes, palhinhas, talheres e garrafas de plástico que esta seita esotérica de brochellas propaga, feita Igreja Universal do Reino de Deus da pantomina azeites para quem precisa de acreditar que não passa de irrelevante bolor no grande esquema das coisas, tem seguidores dedicados em Portugal, zás, toma lá que até andas de lado.

O governo, sempre pronto a apontar ao olho do contribuinte a sua gigantesca piroca fiscal, já anunciou o orgasmo de banir garrafas de plástico antes de sabe-se lá quando (o tempo não funciona da mesma maneira para javardos), isto porque não são biodegradáveis e podem até poluir o próximo incêndio de Pedrógão ou da rata ministeriável da mãe de ministra filha de ministro. Vibradores só de madeira à antiga. Silicone só nas mamas.

Uma garrafa de água do Pingo Doce, a rede de supermercados que organiza conferências para bimbas exigirem que alguém baixe as cuecas em entrevistas para assegurar que o número de pixotas e de conitas dos funcionários é igual – que é para poderem todos pinar ao mesmo tempo na empresa – custa dez ou doze cêntimos.

Estou ansioso para ver as embalagens sem plástico e o seu preço: sugiro garrafas de papel ou de madeira (as árvores são sobrevalorizadas, o pior em Pedrógão, além de uns eventuais eleitores, foram as garrafas de plástico que poluíam o incêndio). Se optarem pelo vidro, que é altamente biodegradável, podeis deixar a garrafa vazia na praia, de preferência na praia onde ministros vão gerar em ministeriável útero uma ministeriável cria. Ou atirar com elas à mona destes ministros, que de gente só têm mesmo a oportunidade perdida de terem sido abortados pelas heroicas mães.

Se é para banir o plástico, não podemos começar pelo governo?
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 24-2-2019

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