Aparecido Raimundo de Souza
Lema da antiga Organização (Kikikikikiki...) ‘LE
COCQ’ Rio de Janeiro 1965.
ADÉLIO BISPO DE OLIVEIRA, decididamente não
conheceu Adelaide Carraro. Nem sabe quem é, ou quem foi esta personagem tão
importante da história, ou melhor, da literatura brasileira. Adelaide Carraro,
ícone indexical, escreveu 40 livros, entre eles, o romance “Eu mataria o
presidente”, isto nos idos de 1966.
É bom que se diga Adelaide Carraro nunca cumpriu a
promessa de matar o presidente. Todavia, o livro da escritora natural de
Vinhedo, interior de São Paulo, correu o mundo e lhe deu fama a dinheiro.
Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, solteiro, natural de Montes Claros, nas
Minas Gerais, não leu o livro de Adelaide Carraro.
Entretanto, orientou a sua bússola para a desolada
tentação de matar o então candidato à presidência, o militar da reserva e
político, Jair Bolsonaro (hoje presidente) em 6 de setembro de 2018, quando o
mesmo fazia campanha eleitoral na cidade de Juiz de Fora. Em face desta
cavilação sarcástica e mal pensada, sua figura correu o mundo e lhe deu fama e
notoriedade. Dinheiro? Talvez! Difícil saber...
Tão difícil e embaraçoso quanto sem nexo e
desproposital se apresenta este caso até o momento. Para os senhores terem uma ideia, até agora,
a auspiciosa Polícia Federal anda às cegas, às apalpadelas, sem conseguir
desvendar o fabuloso mistério. De certa forma, isto “fedemal”. Não só para a instituição,
como para todo o povo brasileiro.
O que se sabe, ou o que nos passaram, até o
instante de escrevermos este texto (quase cinco meses após o incidente), é que
Adélio Bispo de Oliveira é um homem estranho, esquisito, naufragado dentro de
seus túneis de sonambulismos mal construídos. Existem “pessoas” que juram a pés
juntos, ter ele, ou ser ele portador de problemas mentais.
De pouco falar e este pouco, bem pensado, para não
cair em contradições ou armadilhas. Conceituadíssimo no meio em que vive.
Verdade, amados. Lembrem que logo após a facada, o grofundo provou ter
excelentes amigos, e, lógico, confuscóficos advogados.
Figuras que em nome da lei, com suas dunas e
périplos, mostraram, num primeiro momento, serem rápidos no gatilho. Como nó em
éter, estes profissionais do direito conseguiram se livrar das cuecas sem
bolinarem nos colhões.
Num segundo momento adiante e mesmíssimo norte,
fantasiados de doutores, terninhos de marca não demoraram tempo algum, para
aparecerem com a corda toda diante do delegado e do juiz e ainda a depois, no
tribunal, com uma enxurrada de medidas para colocar, ato contínuo, o seu
constituído em liberdade.
A figura de Adélio Bispo de Oliveira, com seus
olhos surdos-mudos atingem o ápice de uma loucura anunciada. Apesar disto,
parece ter um relacionamento exemplar, meio duvidoso, verdade seja dita, mas
exemplar. Pelo menos em face dos “mandantes”, que até agora continuam
sorumbáticos nas sombras negras do ocultismo, sem mostrarem seus rostos.
Assemelham estes “mandantes”, a ratos de esgotos
famintos e gulosos. Gostaríamos de saber (e toda a sociedade, de um modo
abrangente), quando é que a Polícia Federal sairá de trás desta inercia e do
comodismo e dará uma resposta à altura, para esta manada de babacas e imbecis
que aceitam tudo e nada fazem, nada exigem e nada pedem?
Neste interregno de tempo, enquanto à raia miúda
tenta superar seus limites anônimos, nos pusemos em campo. Nós não podemos
continuar anônimos. Descobrimos coisas interessantes levadas pelas forças das
circunstâncias. Pelo menos das circunstâncias até agora existentes.
Adélio Bispo de Oliveira, acastelado numa selva
intemporal figurativa, nunca leu as Escrituras Sagradas. Nem se formou em
teologia em alguma capela de periferia, ou instituição que ministrasse estes
tipos de cursos para futuros pregadores e apanhadores de dinheiro à guisa da fé
dos trouxas. Portanto, descartada a possibilidade do sujeito ser bispo.
Tampouco líder evangélico ou pastor neopentecostal.
Tivemos o privilégio de entrevistar o Bispo Pedir
Maiscedo, da Igreja Universal, Vaideretodemiro Sentiago, da Igreja Mundial,
Sisalas Mulafafaia, da Assembleia de Deus e R. R. Soares, da Igreja
Internacional da Graça de Deus. Todos estes senhores, com muita graça,
propriedade e simpatia, foram unânimes em afirmar que desconhecem Adélio Bispo
de Oliveira como Bispo ou qualquer outra peça do tabuleiro. Restou o Oliveira.
Em busca de novas informações, fomos ao presídio
federal em Campo Grande, Mato Grosso. Com licença especial concedida pela
justiça (ao qual agradecemos a colaboração), ao estarmos com Adélio Bispo de
Oliveira, o desgraçado negou veementemente ter desferido a facada em Jair
Bolsonaro.
Para quem tem problemas de ordem psicológica,
concluímos que o maluco nada tem de aberrante. É um esperto disfarçado de
cordeiro. Dissimulado, maquiavélico, protegido, acobertado. Aliás, senhoras e
senhores, um santinho do pau oco. Falta-lhe o altar. Nada que umas boas
chibatadas em seu lombo desconjuntado (com todo respeito aos direitos humanos)
não o fizesse vomitar tudo o que sabe.
Disse mais o matreiro: que no dia do “suposto
atentado estava com seus irmãos num jardim que leva seu nome, qual seja, o
Jardim (não o das Oliveiras, em Getsêmani em Jerusalém, onde Jesus costumava
orar). No outro jardim (o dos Oliveira pertencente, por herança, à sua querida
mãezinha), nas cercanias de Montes Claros”. Daí ter no patronímico o Oliveira,
depois do Salvador, filho de Deus.
Embora não esclarecidos estes obscuros em torno de
Adélio Bispo de Oliveira, surgem outros mais cabeludos: quem contratou a equipe
de quatro advogados que viajaram para Juiz de Fora em jatinho particular, a
saber, Fernando Costa Oliveira Magalhães, Pedro Augusto Felipe de Lima e Possa,
Marcelo Manuel da Costa e Zanone Manuel de Oliveira Junior?!
Este último, Zanone (apenas para lembrar), um dos
defensores do goleiro Bruno e da missionária americana Dorothy Stang,
igualmente se debandou para a defesa do coitadinho do Adélio, um simples
borra-botas servente de pedreiro desempregado, ex-militante de esquerda e
ex-filiado ao PSOL. Um boçal sem eira nem beira, e de quebra, sem nenhum
dinheiro no bolso para fazer um cego cantar.
Deixaremos no ar, em aberto, as seguintes
indagações. Respondam a elas quem tiver peito e coragem. Acaso, senhoras e
senhores, fazemos menção à mesma rapaziada das “forças ocultas” da qual Jânio
Quadros tanto alimentava em conversas e discursos com seus “mais chegados”? Ou
da galera que, em tempos remotos, suicidou Getúlio Vargas? Talvez a gangue que
despachou Juscelino Kubitschek junto com seu motorista Geraldo Ribeiro, na
Rodovia Presidente Dutra, em 1976?
Ou Tancredo Neves de uma esquisita infecção
generalizada até hoje mantida a sete chaves? Quem sabe a turminha que sumiu com
o corpo de Ulysses Guimarães em 12 de outubro de 1992? Quem matou (ou
assassinou) Teori Zavascki (aquele ministrinho que aterrorizava a VASP)? Acorda
povo! Queremos respostas.
Por derradeiro, quem fez o Eduardo Campos ver Papai
do Céu mais cedo e derrubou (ou explodiu) o helicóptero do jornalista Ricardo
Boechat?! Estariam estes fatos acima elencados ligados ao cordão umbilical da
tropa de elite que agiu (ou age) e claro, continuará agindo em socorro ao Adélio
Bispo de Oliveira e outros tantos vermes da sua laia?
Título e texto: Aparecido Raimundo de Souza, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de
Janeiro. 26-2-2019
Colunas anteriores:
De
Pertuito Estinhar à “Infundibuliforme”
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