FratresInUnum.com
No Brasil, já estamos
acostumados com políticos que fingem honestidade em público, mas que se
permitem, em privado, fazer todos os abusos, enquanto a população honesta
trabalha e paga os seus impostos. O quadro é o mesmo e dele estamos fartos!
Agora, no encontro sobre “a proteção dos menores na Igreja Católica”, a alta
hierarquia, sob a direção de Papa Francisco, encena uma moralidade que nunca
respeitou, com requintes de sentimentalismo afetado e discursos comoventes,
muitas lágrimas e fotografias tocantes por todos os lados.
Nos últimos dias, foi
publicado um livro em que o autor sustenta que a renúncia de Bento XVI foi causada justamente pelo lobby gay, provocando-se,
assim, o conclave em que Francisco foi eleito para sucedê-lo. Quem não se
lembra que, meses antes de sua renúncia, fora entregue ao pontífice alemão o
famoso relatório redigido pelos cardeais Tomko, de Giorgi e Herranz sobre a
homossexualidade na cúria romana? Em sua primeira visita a Ratzinger depois de
eleito, Francisco recebeu do próprio papa emérito o famoso relatório, nunca publicado, cujo
conteúdo é completamente desconhecido em seus detalhes, mas que decerto não foi
considerado…
De fato, desde eleito,
Francisco adotou um clamoroso silêncio sobre o tema da homossexualidade. Não se
fala disso, mesmo. Aliás, muito pelo contrário. Desde o seu “quem sou eu para
julgar?”, que justificava a vida pregressa de um importante assessor, e que
levou à euforia todo o movimento LGBT mundial, do qual ele se tornou o patrono
honorário, Francisco não deixou de favorecer pessoas explicitamente ligadas ao
chamado “lobby gay” e de proteger predadores sexuais, como muito bem comprova a
explosiva carta de Mons. Viganò, cuidadosamente não respondida pelo pontífice.
Jornalista questiona a
respeito de Dom Zanchetta, em coletiva de imprensa no encontro ocorrido no
Vaticano para tratar da questão de abusos de menores.
At Presser for Vatican Sexual Abuse Summit #PBC2019, @inesanma asks how can we believe that this is the end of cover-ups, "when at the end of the day, Pope Francis himself covered-up for a Bishop in Argentina who had gay porn on his phone", referring to Argentine Bishop Zanchetta pic.twitter.com/RN8txTMbTi— Catholic Sat (@CatholicSat) 24 de fevereiro de 2019
Nos últimos dias, o jornal “El Tribuno”, da Argentina, publicou um documento em que se
demonstra que Papa Francisco conhecia desde 2015 as denúncias contra Mons.
Zanchetta, que incluem desde fotografias em que o bispo aparece despido até o
abuso sexual de seminaristas. A despeito de tudo, Francisco criou para ele um
cargo, até então inexistente no Vaticano: o de Assessor da Administração do
Patrimônio da Sé Apostólica, em 2017. E o papa finge que nada está acontecendo…
E continua fazendo contundentes discursos contra aqueles que protegem
molestadores.
O evento ontem concluído
parece mais um teatro muito bem armado para proteger a imagem do pontífice
reinante, bem como as suas estratégias para mudar a arquitetura da Igreja
Católica, com o cortejo de toda a mídia internacional, que se prepara para
celebrar, juntamente com ele, o esperado Sínodo da Amazônia. “Criar
dificuldades para vender facilidades”, esta é a tática: faz um evento midiático
para reverberar a perversidade sexual do clero, insistindo em que ela se deve
ao clericalismo e sem dar nenhuma solução efetiva para o problema — ignora-se
deliberadamente o fato de que a esmagadora maioria dos casos de abusos são
casos de homossexualismo — , enquanto planeja instituir a ordenação de homens
casados e, quem sabe, também a readmissão de todos os traidores das últimas
décadas, que abandonaram o ministério para se casar…
Ao mesmo tempo, o cardeal Marx joga lenha na fogueira, dizendo que a Igreja na Alemanha
destruiu arquivos que comprovavam o abuso sexual de clérigos e silenciou as
vítimas. O que pretende, com isso, o purpurado?
Em todo caso, ninguém parece
preocupado com a alma dos fiéis. Nem pensam o que se passa pela cabeça de um
leigo trabalhador, pai de família, devoto, que luta para colaborar com sua
paróquia, que defende a honra de sua religião, que se esforça por viver a
castidade matrimonial e não praticar a contracepção, e que se depara com a
realidade de que seus pastores não vivem a fidelidade aos seus votos de
ordenação e ainda cometem ilícitos contra jovens e crianças.
Seria tudo um teatro
cujo gran finale consistiria em Francisco sancionando a
ordenação de homens casados e, talvez, de mulheres para o diaconato,
readmitindo para o sacerdócio os apóstatas que amargam há décadas o seu
ressentimento contra a Igreja, tudo muito cautelosamente e ad
experientiam? Iniciar-se-ia, assim, a maior crise jamais vista no
catolicismo.
Cenário perfeito para
Francisco sair repentinamente — uma renúncia? — de cena como o papa que
passará para a história como o maior de todos os revolucionários, mas que não
conseguiu resolver o problema da depravação moral de seu clero porque era um
Papa bom demais, um Papa bom demais para uma Igreja má.
Título, Imagem e Texto: FratresInUnum.com,
25 de fevereiro de 2019
Du « bla-bla », « aucune crédibilité »…
Les victimes déçues par les propos du pape sur la pédophilie
Selon les victimes, le Vatican évite d’«
aborder directement ses problèmes » en insistant sur le fait que les abus
sexuels sont perpétrés dans toutes les sphères de la société.
Leia no Le Monde »
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