Yara Aquino
O presidente Jair Bolsonaro ao
comentar hoje (5) a aprovação do relatório da reforma da Previdência (PEC 6/19)
na comissão especial da Câmara, disse que o governo fez sua parte e que é
possível corrigir no plenário “possíveis equívocos”.
“Fizemos nossa parte. Entramos
com o projeto, agora, o governo não é absoluto, não é infalível, algumas
questões serão corrigidas, com toda certeza, junto ao plenário”.
E completou “o comando agora
está com o nosso presidente [da Câmara] Rodrigo Maia. Tenho certeza que vamos
conversar, vamos trazer o Paulo Guedes [ministro da Economia] para conversar,
também trazer demais lideranças. Estamos dispostos a conversar. Temos certeza
que podemos corrigir possíveis, não digo injustiça, mas possíveis equívocos que
porventura ocorreram até o momento”, disse em entrevista a jornalistas após
participar de cerimônia do Batalhão da Guarda Presidencial.
Bolsonaro não citou o que
poderiam ser esses possíveis equívocos. Ele avaliou que o texto aprovado como
um todo foi bom e disse considerar que “pouca coisa tem que ser mexida”.
Ontem (4), Bolsonaro fez um
apelo para que fossem aprovadas regras diferenciadas para a aposentadoria de
militares, mas a mudança foi rejeitada pela comissão especial.
O presidente voltou a defender
a necessidade da reforma da Previdência. “O governo tem que fazer de tudo para
que essa previdência não morra. Uma boa previdência é aquela que vai ser
aprovada e não comete injustiça com quem quer que seja, reconhecemos a
especificidade de várias carreiras, mas todos têm que contribuir com alguma
coisa”.
Ao lado do presidente
Bolsonaro, o líder do governo na Câmara, Major Victor Hugo (PLS-GO), disse que
a provação foi uma vitória do país para construir uma “previdência mais justa e
equilibrada”. O líder explicou que, em relação aos policiais militares e
bombeiros, foi aprovado na comissão especial um destaque prevendo que a União
fará uma lei complementar que vai tratar de normas gerais de aposentadoria e
depois os Estados vão legislar sobre questões específicas.
Em relação às reivindicações
de flexibilização na aposentadoria das outras carreiras militares, como a
Polícia Federal, o líder disse foi feito um esforço para atendê-los, mas não
foi possível. Ele ressaltou que talvez seja possível que isso ocorra em outro
momento. “No momento da votação infelizmente não foi possível encontrar as
expectativas com as possibilidades. Isso não que dizer que isso não vá agora no
plenário, ou em outro momento. Não é defender privilégios”.
Ontem, a comissão especial da
Câmara aprovou o relatório da reforma da Previdência e rejeitou por 31 votos a
17, a mudança nas regras de aposentadoria para agentes de segurança. Pelo texto
aprovado, policiais federais, rodoviários federais e legislativos se
aposentarão aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de
exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo.
Comemoração Militar
Bolsonaro participou nesta
manhã da comemoração dos 196 anos da criação do Batalhão do Imperador e 59 anos
de sua transferência para a capital federal. D. Pedro I criou o Batalhão do
Imperador em janeiro de 1823 com a finalidade de consolidar a independência do
Brasil e apaziguar revoltosos.
Com a transferência da capital
federal para Brasília, em 1960, a unidade veio para o Planalto Central e passou
a ter o nome de Batalhão da Guarda Presidencial.
Segurança
Ao ouvir de jornalista o
questionamento se a Polícia Federal poderia ser mais qualificada para cuidar da
segurança do presidente da República, Bolsonaro respondeu que confia totalmente
no Gabinete de Segurança Institucional.
“Me sinto muito seguro,
tranquilo. Não existe segurança 100% infalível, temos notícia que qualquer
presidente sofre, vez ou outra, um tipo ou outro de atentado, mas confio 100%
no general Heleno à frente do GSI”, respondeu.
Final da Copa América
O presidente disse que
pretende ir ao Maracanã no próximo domingo (7) assistir ao jogo final da Copa
América entre Brasil e Peru e tem a intenção de ir ao gramado com o ministro da
Justiça, Sérgio Moro. “Irei com Sérgio Moro junto ao gramado e o povo vai dizer
se estamos certos ou não”.
Título e Texto: Yara Aquino;
Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 5-7-2019
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