quinta-feira, 9 de julho de 2020

Gabinete do ódio está a todo vapor – e não é no Planalto

Alexandre Garcia

Coquetel salvador

Nesta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro tomou a quarta dose de hidroxicloroquina. Ele começou a tomar o medicamento logo que teve os primeiros sintomas da doença.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O presidente me confirmou que também está tomando a azitromicina, com recomendação do médico que o está assistindo. Eu perguntei se ele tinha tomado a ivermectina, como eu, para se prevenir, Bolsonaro disse que não.

Ele não se preveniu, e acabou infectado com o vírus já que viaja bastante e sempre está em locais com muita aglomeração de pessoas. Mas o presidente disse que está muito bem, sem febre e sem dores.

É mais ou menos esse o quadro que relatam os médicos, com os quais eu conversei, quando a hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina são aplicados logo no início da doença em pessoas saudáveis.


Por que tanto ódio?

O gabinete do ódio estava a toda velocidade na imprensa escrita e na internet, tem gente desejando a morte do presidente. O ódio expressado por essas pessoas é tamanho que chega a ser ridículo e risível.

Quando uma informação é risível, ela perde a credibilidade. É bom a gente lembrar aos jornalistas que sem credibilidade a profissão deixa de existir. O Fernão Lara Rezende fez um artigo com o título “Notícia de falecimento”, na segunda-feira (6).

O texto trata sobre a morte do jornalismo. Ele cita Joseph Pulitzer “primeiro morre a imprensa, depois a democracia”. A profissão pode morrer por causa de discurso de ódio. Precisamos ficar atentos nisso.

O interessante é que os ditos discursos de ódio nas redes sociais só saem do ar quando é atribuído a um lado, quando se atribui ao outro lado não. Se as pessoas que pediram a morte do presidente, tivessem pedido a morte do ministro Alexandre de Moraes estavam presas.

As pessoas sensatas entendem que a democracia está no equilíbrio, no contraponto de ideias, na discussão de ideia e no respeito. Todo mundo sabe que o básico é o respeito à vida humana. 

Título e Texto: Alexandre Garcia, Gazeta do Povo, 8-7-2020

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