Até o tucano Wálter Maierovtch já perdeu a paciência com o que chamou de “gentalha togada”, que tomou conta dos tribunais superiores tupiniquins… 👇
“É inacreditável, mas ministros do Tribunal Superior Eleitoral acabaram de cometer um desatino.
Mais ainda, eles atropelaram de forma grosseira a ética e violaram o compromisso institucional — o chamado "juramento", quando tomam posse no TSE.
Pior, bem pior, os ministros do TSE recomendaram a chicana processual, o abuso de direito e a litigância de má-fé.
Tais ministros, em condição de anonimato, revelaram à jornalista Carolina Brígido ter a defesa técnica de Jair Bolsonaro usado de estratégia jurídica equivocada.
Os ministros fofoqueiros concluíram que a defesa do ex-presidente, com uma equivocada tática jurídica, acabou por sepultar as chances de reverter a decisão do TSE —em junho do ano passado, o tribunal tornou Bolsonaro inelegível; a pena vale por oito anos, a contar a partir de 2022.
Até agora, o comum mortal acostumou-se com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a falar fora dos autos, a prejulgar, a intrometer-se na política, a colocar na toga coloração partidária e a participar de convescotes internacionais bancados por recorrentes em processos da Corte.
O inusitado está na ilegal transformação de tais ministros em comentaristas de trabalho profissional de advogado. Isso em flagrante violação à lei orgânica da Magistratura nacional e às normas legais comportamentais dos magistrados.
Os magistrados, na verdade, fizeram fofoca.
Não bastasse, mostraram falha de caráter. Isso ao recomendar a chicana —ou seja, apresentar, continuadamente e até 2026, embargos de declaração ao TSE.
Atenção: em 2026, pela tradição de rotatividade, estarão na presidência e vice os ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Jair Bolsonaro.
Os fofoqueiros acham que ambos, Nunes Marques e Mendonça, mudariam o mérito da antiga decisão do plenário do TSE e tornariam Bolsonaro elegível, ou melhor, com cidadania plena: legitimidade para votar e ser votado.
Atenção, de novo: até um reprovado em exame de qualificação profissional da OAB sabe que os embargos de declaração não se prestam para, como forma de apelação, mudar o mérito de uma decisão de condenação. (…)
Para criticar a defesa técnica de Bolsonaro, os ministros do TSE fizeram uso de expediente protelatório, na modalidade de embargos declaratórios. No fundo, um nonsense.
Para arrematar: os advogados de Bolsonaro não fizeram uso da protelação e do abuso e nem faltaram com ética. Como deveria ser, eles bateram à porta do STF, com recurso adequado.
Num pano rápido. Temos uma
gentalha togada, a fofocar e comentar equivocadamente. Talvez, empolgaram-se
com os maus exemplos.”
João Luiz Mauad, X, 24-5-2024, 15h46
O xerifão nacional agora comenta, desmente e apresenta sua versão em nota oficial sobre matéria escrita na sua mídia camarada. Nunca, jamais e em tempo algum, um ministro do STF se prestou a este papel bizarro. Será que isso se tornou também “função constitucional” da corte ? 🤡 pic.twitter.com/D2XQGmIsJ7
— Claudia Wild (@Clauwild1) May 26, 2024
Chama atenção a nota de Moraes dizendo ser fake matéria do UOL estar sendo noticiada como uma crítica ao site
ResponderExcluirDessa forma, atualizo meu dicionário da liberdade de expressão: 1)quando ministro constrange alguém é crítica. 2) Quando alguém critica ministro é ataque à democracia.