As greves são como o Natal dos
Hospitais: uma oportunidade única para revermos estimáveis artistas que
julgávamos na reforma.
João Pereira Coutinho
Ontem não foi excepção: de
Garcia Pereira a Torres Couto, sem esquecer Carvalho da Silva, todos eles
passaram pelas televisões para falarem de um país ‘com medo’, onde os
portugueses vivem ‘sem liberdade’ e as ‘conquistas de Abril’ se encontram
ameaçadas. Felizmente, nenhum deles acendeu o respectivo charuto burguês
enquanto fazia o seu ‘playback’. Também não precisaram: o país ‘com medo’ foi a
votos há cinco meses; o caminho suicidário que estas esquerdas propunham foi
recusado democraticamente nas urnas; e qualquer criatura racional sabe que o
buraco presente foi cavado por vidas a crédito: nas famílias, nas empresas, no
Estado. Sobretudo no Estado.
Ninguém sabe como terminará
este impasse. Mas uma coisa parece certa: a crise não será resolvida pelos
mesmos artistas que enfiaram Portugal no hospital.
Título e Texto: João Pereira
Coutinho, Correio da Manhã, 25-11-2011
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Hospitais da Universidade de Coimbra, 1º do ranking 2010/2011, da revista Sábado, nº 394, 17 a 23-11-2011 |
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