OJE/Lusa
O Tesouro português realizou
hoje o seu último leilão de dívida deste ano, conseguindo colocar a totalidade
do montante pretendido no valor de dois mil milhões de euros, mas em troca de
juros mais elevados.
Foram emitidas três linhas de
títulos de dívida pública de curto prazo, com vencimento a três, seis e 18
meses. Na maturidade a três meses (22 de fevereiro), foram colocados 300
milhões de euros, com os investidores a cobrarem uma taxa de juro média de
1,936%, acima dos 1,366% do leilão anterior. A procura excedeu 5,1 vezes a
oferta.
Foram também colocados 500
milhões de euros em títulos de dívida a seis meses, com um juro médio de 2,169%
(1,840% no último leilão) e a procura a ultrapassar a oferta em 4,5 vezes.
O montante mais elevado, 1,2
mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a 18 meses, teve uma procura 1,9
vezes superior à oferta e uma taxa de juro de 2,99% também acima dos 2,97% do
leilão anterior.
Segundo o analista do Banco
Carregosa, Filipe Silva, "o agravamento de taxas acabou por não ser
totalmente uma surpresa porque o mercado secundário, nas últimas semanas, já
vinha demonstrando esse aumento nas taxas, que é mais ligeiro no prazo mais
longo".
OJE/Lusa,
21-11-2012
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