Carlos Lira
É impressionante a
"ascensão" de JOAQUIM BARBOSA" por brasileiros esperançosos por
uma renovação na política brasileira. Basta o homem agir legalmente em relação
ao mensalão, já existe uma campanha popular em favor de sua candidatura à presidência
da república. O mesmo NADA fez a mais e nada fez a menos do que cumprir com a sua
obrigação profissional. "Muito cuidado com o andor", muito cuidado
com "o andar da carruagem" como diziam os nossos antepassados. Este
ilustre ministro possui virtudes e defeitos como qualquer um de nós. Em relação
aos aposentados, por exemplo, o Ministro Joaquim Barbosa não se manifesta
favorável às nossas reivindicações tanto em relação ao AERUS como em relação
aos aposentados e pensionistas do INSS. Sabe-se que é direito adquirido o aposentado
receber o seu pagamento acompanhando RIGOROSAMENTE o aumento do salário mínimo.
O que se vê atualmente é um quadro lastimável de injustiça e devastação. Face a
este quadro a respeito do DIREITO ADQUIRIDO pelo aposentado brasileiro, eis a
declaração deste ministro Joaquim Barbosa: "Se direito adquirido tivesse
valor, eu seria ESCRAVO até hoje". Existe alguma esperança para nós? Por
outro lado, não existe vontade política para solucionar este INFERNO a que os
idosos brasileiros foram lançados. Para atender a interesses adversos aos
aposentados, a solução foi imediata, existiu vontade política.
Ascensão e Queda, acrílico sobre
tela, 2002, de Gonzaga Filho
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Título e Texto: Carlos Lira, 25-11-2012
Caríssimo Carlos, penso da
mesma forma; sempre me impressionou a velocidade com a qual o povo brasileiro
endeusa este ou aquele. Particularmente esportistas, que praticavam (ou
praticam) o esporte em rigoroso nome e vontade pessoais. Me vem o exemplo de Ayrton
Senna (que não residia no Brasil, mas em Sintra, no Algarve, em Mónaco…): foi
um grande esportista de nacionalidade brasileira, nada a ver com “grande
brasileiro”…
Temos um exemplo mais
comezinho, muito mais próximo: o do juiz Ayoub, lembra? Com a mesma velocidade
que o alçaram ao pódio como “Salvador”, o arriaram, sem contemplação.
Meus queridos amigos Carlos Lira e Jim Pereira: Não sejamos tão radicais. Realmente é uma prática da humanidade endeusar celebridades que mostram honestidade e sentido de justiça, o que vem a ser uma obrigação e não uma virtude. No caso específico dos aposentados, terrível e injustamente marginalizados, desprezados até pela própria sociedade, é compreensível que passem a olhar para o ministro com olhos esperançosos, acreditando que nele possa haver um novo herói Robin Hood, que tirava dos ricos para dar aos pobres e, não como vem acontecendo com estes governos atuais, que tiram do pobre para dar ao mais pobre; dão para o aposentado do salário mínimo um percentual maior de reajuste, enquanto dão para os segurados que ganham mais de 01 salário mínimo, um índice de aumento bem inferior. Chamam a isso de melhor distribuição de renda. Mas nos próprios ganhos deles, desproporcional comparado com os dos trabalhadores comuns, não admitem mexer se for para tirar; daí a veneração dos aposentados pelo novo ministro, até prova que o mesmo será igual aos outros. Que falem sim, em Joaquim Barbosa para presidente...
ResponderExcluirAlmir Papalardo.