![]() |
Foto: Paulo Sampaio/TVI |
O Primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, concedeu ontem, 28 de novembro, duas
entrevistas. A primeira, ao jornal inglês, Financial
Times, cujo resumo, divulgado pela SIC Notícias, transcrevo:
O primeiro-ministro português, Passos Coelho, disse
hoje em entrevista ao Financial Times que, apesar
das exigências pedidas aos portugueses, estes não querem uma crise política nem
que falhe o programa de ajustamento negociado com a 'troika'.
"Depois de ano e meio, os
resultados em termos sociais são muito duros. Ninguém gosta de estar em
recessão, mas as pessoas vêm o que está a acontecer noutros países. Não querem
uma crise política e não querem que o programa (de ajustamento) falhe ",
disse Passos Coelho, numa entrevista que pode ser lida hoje no sítio na
Internet do Financial Times.
Para Passos Coelho, apesar dos
sinais de descontentamento, isso não significa que a "sociedade perdeu a
paciência com a austeridade", escreve o Financial Times, adiantando que
Passos Coelho citou mesmo uma sondagem hoje divulgada (pelo jornal i) que
indica que 63,5% dos inquiridos consideram que Portugal deve cumprir o acordado
com os credores internacionais.
Sobre a execução do programa
negociado com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu
e Comissão Europeia), o primeiro-ministro disse ainda que "ninguém pode
garantir que não há riscos", mas assegurou que a economia portuguesa não
está numa "espiral recessiva".
Questionado sobre se Portugal
pode entrar na mesma situação da Grécia, Passos o primeiro-ministro português
respondeu que "teoricamente é possível", mas que o Executivo está a
adotar as medidas necessárias para evitar esse cenário. O governante garantiu
que não está a ir mais longe do que exigido pela 'troika': "Não estou a
adotar mais medidas de austeridade do que as que são necessárias para atingir
os objetivos."
Nesta entrevista, Passos
Coelho voltou a afirmar o discurso que já tem feito internamente, de que não
vai pedir mais tempo para cumprir o programa porque isso significaria pedir
mais dinheiro: "Isso significava um novo programa e eu não quero".
Quanto aos cortes que o
Governo pretende fazer no financiamento do Estado Social, o primeiro-ministro
garantiu que são necessários porque este ficará em risco se a dívida pública
não se tornar sustentável. "Se quisermos preservar a coesão social e as
políticas sociais temos de reduzir o défice e a dívida, reformar a
administração do Estado e reduzir alguns benefícios. As prestações sociais
aumentaram acentuadamente nos últimos nove anos, simplesmente, tornamos as
coisas insustentáveis", considerou.
Apesar dos cortes que terão de
ser feitos, Passos Coelho garantiu que não terão impacto sobre 90 por cento dos
pensionistas e quem tenha um rendimento mensal inferior a 600 euros também não
será afetado.
À noite, na TVI, foi a vez da
dupla de jornalistas, José Alberto de Carvalho e Judite de Sousa, entrevistar o
Primeiro-ministro. Eis o vídeo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-