terça-feira, 27 de novembro de 2012

O choro é livre ou tem fundamento?


Wayne Allyn Root
A eleição de Barack Obama, os eventos que culminaram com ela e o modo como a mídia americana tem tratado Obama, tudo junto, certamente parecia indicar que os EUA oficialmente se tornaram uma “Banana Republic”. Você sabe, um desses países onde os líderes controlam a mídia e também os resultados das eleições.
Veja, por exemplo, o resultado das eleições vencidas por Obama. Nenhuma palavra sequer na ‘grande mídia’ do país sobre a maciça ocorrência de irregularidades. Nem uma única palavra mencionada sobre o fato de que Mitt Romney venceu em cada Estado que requer a identidade com foto do eleitor, ou que Obama venceu de forma apertada nos Estados que não exigem do eleitor documento de identidade com foto, como em Minnesota, Iowa, Wisconsin, Nevada, Colorado e Pensilvânia. Houve fraude? Não se sabe. Não acha que um repórter dedicado ao jornalismo investigativo, em algum lugar, poderia se interessar por uma estória dessas? Incrivelmente, a mídia não diz nada.
Ou que tal o fato impossível de que em 59 seções eleitorais, na Filadélfia, Romney não ter recebido sequer um voto? Isso é estatisticamente impossível. E, no entanto, “aconteceu” em 59 seções de uma grande cidade americana e em nove seções de Cleveland, no Estado de Ohio. E em uma seção eleitoral urbana da Florida, de Illinois e do Colorado (Estados escancarados à fraude eleitoral), Romney teve votação zero. Em muitas outras cidades interioranas a vantagem a favor de Obama foi algo como 100 a 1, 450 a 1, 315 a 1. Tais números simplesmente não são possíveis, principalmente num país profundamente polarizado como os EUA nessas eleições. Ainda assim, a mídia preferiu não dar um pio sobre o assunto.
Ou, ainda, que tal sobre a histórica correlação entre o entusiasmo do eleitor e a vitória? Em 2008, Obama tinha todo o entusiasmo do eleitor. E sua vitória não foi surpreendente. Desta vez, as pesquisas de intenção de voto provaram que os conservadores tinham uma enorme margem de entusiasmo e de intensidade. As tabelas se reverteram. As passeatas de Romney atraíram de 20 a 30 mil pessoas, ao passo que as de Obama atraíram números muito mais modestos.
No nível pessoal, me foi relatado por centenas de amigos e admiradores que excitadamente me contaram que os eleitores esperaram de três a quatro horas na fila para votar em áreas suburbanas fortemente conservadoras e cristãs por esse país afora. No entanto, ficamos sabendo, no final, que Romney teve cerca de 2 milhões de votos a menos que teve John McCain em 2008. Impossível e inacreditável. Em muitos Estados houve relatos de votação eletrônica alterando votos de Romney para Obama. Certamente, algo parece ter ocorrido. Alguém deveria pelo menos investigar esses sinais de possível fraude eleitoral. Ainda assim, a grande mídia permanece muda sobre isso.
As enquetes de intenção de votos mostravam membros das forces armadas apoiando Romney por números avassaladores. Destarte, os Democratas ativamente ‘suprimiram’ votos de militares, fazendo tudo o que puderam para tornar extremamente difícil para os soldados irem votar. A grande mídia, convenientemente, fez ‘boca de siri’.
A propósito, nada disto pode ter afetado o resultado das eleições. Romney pode não ter tido, literalmente, o apoio dos negros, dos latinos, das mulheres e dos estudantes em muitas áreas do país. Talvez possa não ter havido cabines de votação com caixas coletoras de votos em zonas eleitorais urbanas. Talvez os apoiadores de Obama não tenham votado diversas vezes, uma vez que não lhes foi exigido uma identificação com foto do eleitor. Talvez os militares realmente não tivessem dado a mínima para o ato de votar. Mas, afinal, não deveria a mídia ter mencionado tais fatos controversos? Não é o seu dever o de investigar e mostrar a verdade dos fatos dessas estórias fundamentais para a legitimação do processo democrático americano? Pois, ainda assim, a grande mídia permaneceu calada.
O furacão Sandy dizimou Nova Iorque e Nova Jersey. A resposta da Agência Federal de Manejo de Emergências (AFME) foi patética, vergonhosa e quase criminosa. Nada de alimento ou água potável por dias. Nada de eletricidade por semanas. A AFME não pré-posicionou os mais básicos suprimentos para a população — como garrafas de água potável. Mostrou-se completamente despreparada, incompetente, invisível, da mesma forma como havia ocorrido com Bush no Furacão Katrina, em Nova Orleans. Já, na ocasião, enquanto Bush era satanizado, culpado, e chamado de “racista”, a grande mídia elogiava Obama, e nunca o culpou de nada; e 15 por cento dos eleitores sofreram a influência dessa atuação de forma significativa ao votar em Obama no dia da eleição.
Então, veio o atentado em Benghazi, na Líbia, e o desastre do Consulado americano. O Presidente Obama foi avisado que o Consulado seria atacado em 11 de setembro último. O que fez ele? Absolutamente nada. O consulado pediu que Washington reforçasse a sua segurança. E ele não deu a menor pelota para o pedido. Quatro bravos americanos morreram no atentado — incluindo o embaixador, cujo corpo sem vida foi publicamente vilipendiado pela turba enfurecida. Obama e sua administração acompanharam tudo, em tempo real (com ‘drones’ filmando tudo de cima) a partir do conforto da Sala da Situação da Casa Branca. Não moveram uma palha em resposta. Equipes das forças de elite dos “marines” (SEAL) imploraram por uma permissão para resgatar seus conterrâneos, mas Obama ordenou que eles não interviessem. Ele não apenas os abandonou à própria sorte como também assistiu, impassivo, ao vivo e a cores, seus homens sendo assassinados. Ainda assim, a grande mídia do país não foi capaz de dizer nada a respeito.
Então ele escondeu tudo isso varrendo os fatos para debaixo do tapete governamental. O Chefe da CIA, General Petraeus, relatou a Obama todo o episódio, classificando-o como um ataque terrorista. Mas tal referência ao terrorismo foi removida dos registros oficiais. Obama, Hillary Clinton e a Embaixadora na ONU Susan Rice levaram duas semanas culpando falsamente um vídeo do YOUTUBE. Obama se referiu ao vídeo do YOUTUBE quatro vezes num discurso na ONU duas semanas após o ataque, numa clara tentativa de limpar a barra para salvar a reeleição do queniano. Isto foi uma espécie de Watergate com quatro cadáveres. E a grande mídia continuou sem dizer nada.
Dias antes da eleição, como que saído do nada, o Departamento do Trabalho de Obama extrapolou que 873 mil novos empregos de meio expediente teriam sido criados em um mês. Tal “milagre” permitiu uma queda miraculosa no índice de desemprego de 8 por cento, após 43 meses consecutivos de alta. Momento perfeito para um político treinado em fraudes políticas na cidade de Chicago, no Estado de Illinois. E a grande mídia foi incapaz de dizer qualquer coisa sobre essa piada de ‘humor negro’.
Mas, agora, a eleição acabou, o Departamento do Trabalho relata um novo aumento de desempregados situado em espantosos 78 mil apenas na primeira semana após a reeleição, enquanto o ‘The Wall Street Journal’ relata que o custo de capital das corporações americanas literalmente colapsou. Imagino que a perfeitamente oportuna e prometida recuperação de um mês alegada tenha ‘oficialmente’ terminada. Qualquer repórter investigativo seria capaz de relatar tal fraude e ganharia prêmios de jornalismo. Mais uma vez, ninguém da grande mídia se apresentou para tal tarefa.
O Birô do Trabalho e Estatística relata que o “desemprego real” (num documento chamado U6) é de 14,6 por cento da força de trabalho. Por acaso o leitor já ouviu a mídia usar essa percentagem de 14,6 % como uma taxa de desemprego real e atribuí-la ao governo Obama? Ou já ouvir dize que os tíquetes-refeição aumentaram bem mais rapidamente ao longo do mandato de Obama do que a oferta de empregos? Durante a campanha eleitoral, a mídia misteriosamente se calou sobre essa desgraça de estatísticas.
Obama prometeu cortar o déficit público pela metade, mas, ao invés disso, ele o dobrou, elevando a dívida interna do país à cifra estonteante de US$5 trilhões o que fez com que as agências de qualificação de crédito rebaixassem pela primeira vez a economia dos EUA em toda a sua história. Os 43 meses consecutivos do primeiro mandato de Obama viram a taxa do desemprego sempre acima de 8 por cento acima da taxa de todos os meses dos mandatos dos presidentes desde Harry Truman a George W. Bush combinados. Por acaso, o leitor já leu, viu ou ouviu alguma menção deste fato de mídia americana? Durante a campanha eleitoral, essa mesma mídia também não disse nada a respeito desse fato.
E que tal a respeito da fita secreta de Obama a cerca do seu amor pela “redistribuição de renda” (um mantra central do socialismo)? A mídia repetidamente bateu na tecla da fita dos 47% de Romney como uma informação subliminar endereçada à mente de cada eleitor, mas, misteriosamente, ignorou a fita reveladora do ‘socialismo’ de Obama, ao longo de toda a campanha.
Durante os debates presidenciais, Obama mentiu repetidamente. A maior mentira foi a de que ele tinha apoiado a prospecção de petróleo. Os fatos provaram que as permissões governamentais para as perfurações de novos poços petrolíferos caíram em 60 por cento no mandato de Obama. Dois dias depois após a reeleição, Obama revelou um plano para fechar algo em torno de 1,6 milhão de acres de terras devolutas federais no oeste originalmente reservadas para prospecção de petróleo. Ainda assim a grande mídia não disse nada.
Essa mesma mídia nunca mencionou a agenda de Obama. Estamos já em plena Grande Depressão II e a economia do país na pior crise desde 1929 e durante todo o ano de 2012 de Obama foi preenchido com golfe, basquete, levantamento de fundos para a reeleição, passeatas de campanha e aparições mostradas pela mídia em passeios “matutinos ao zoológico”. Como haver qualquer tempo disponível para lidar com a economia, não é mesmo? Bem, não houve. Isso afinal deve ter ficado por conta das hostes socialistas do Partido Democrata. A força tarefa de empregos de Obama não encontrou tempo suficiente para se dedicar ao problema do desemprego ao longo do ano que finda. E a grande mídia americana continuou muda a esse respeito.
Nada a ver, minha gente. Não há qualquer estória. Só sigam em frente.
A estória que acabo de escrever poderia ser comum para países como o Brasil, a Argentina, a Venezuela, o Zimbábue (sem falar em redutos de miséria como Cuba e Coréia do Norte). Numa me passou pela ideia que em pelos EUA a grande mídia (a ‘mainstream media’ como dizem os estadunidenses) receberia ordens de como se comportar diretamente da presidência da república.
Parece, seguramente, que os EUA se transformaram numa “república bananeira”.
Texto: Wayne Allyn Root para a “Personal Liberty” 
Tradução e Título: Francisco Vianna

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