Uma atenciosa companheira de ciberespaço,
me enviou o seguinte comentário ao artigo de Wayne Allen Root:
Dr. Francisco:
Esse artigo pareceu-me choro
de perdedor republicano, racista ao extremo. Depois de lê-lo fui ao Google pra
saber quem é o autor, então pude constatar meu faro. Diz no Google que autor
foi candidato do Partido Libertário, que não vingou, ligou-se ao Tea Party, um
braço radical do partido Republicano, depois voltou ao partido Republicano e
tem tido voz no canal Fox News, que é republicano, então não tem moral para
falar em mídia comprada.
E num texto descriminatório,
pois fala de Obama como um queniano e escreve num tom de desprezo sobre o nosso
país, a Venezuela de Chávez e outros (não que não tenha dito a verdade) quando
diz que somos parte da república das bananas. Mas poderia escrever seu texto
ser tentar escrachar com os países mencionados, que certamente nem conhece,
apenas ouviu falar, já que os norte-americanos são geograficamente analfabetos
em se tratando de conhecimento do resto do mundo (a não ser sobre os países
onde travaram guerras).
Abraços e boa semana
A.
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Então, enviei-lhe o breve ensaio abaixo
Cara A.,
Também acho. Mas também penso
que, no meio de tanta "choradeira de perdedor", não há dúvida de que o
autor apresenta números que, por serem inusitados, e como diz ele até
"estatisticamente impossíveis", deveriam ensejar um trabalho de
"jornalismo investigativo", do tipo feito em Watergate. Das duas uma:
ou calaria a boca dos Republicanos mais conspirativos ou traria à luz aspectos
graves de desrespeito à Constituição Americana e suas Emendas.
Os americanos diferem de nós
porque lá existe um ódio racial muito arraigado, herança maldita da guerra de
secessão, que matou mais de três milhões de homens numa época em que a
população total do país era de pouco mais de sete milhões de almas (o que levou
os EUA a receberem de braços abertos a imigração qualificada principalmente de
europeus na época das Gerras Mundiais).
Ao passo que aqui, em
Pindorama, sempre houve apenas um inconsequente e até, digamos, natural
"preconceito racial" que sempre conviveu com uma enorme miscigenação.
Tal fato parecia nos livrar do tal ódio racial existente nos EUA, até que os
socialistas de todos os matizes, na impossibilidade de levar adiante aqui uma
"luta de classes" ao estilo marxista-leninista, apelaram para o estímulo
a uma "luta de raças", coisa também difícil de levar a cabo pela
imensa e variada gradação de melanina na pele dos habitantes tupiniquins.
Tentam criar as "nações
indígenas" (como se os nossos índios não fossem brasileiros, mas
pertencentes a uma nacionalidade própria), as "nações quilombolas"
(como se os afrodescendentes dos quilombos não fossem brasileiros, mas também
de nacionalidade outra e peculiar) e até as comunidades GLS, (como se as
diversas "opções sexuais" pudessem compor um país dentro de outro
país). Com isso, em muito menor grau, é claro, já vemos manifestações de ódio
racial por aqui também e, com isso, corremos o 'risco' de ficarmos cada vez
mais parecidos com os yankees.
Teorias da conspiração a
parte, acredito que lá, como aqui, existe sim, por parte da 'mainstream
media' uma certa subserviência comprada ao poder, aqui pelos
"papagaios" do BNDES e lá por favores (e temores) da Casa Branca e de
um Congresso que não quer ser aborrecido pelo quarto poder.
Tanto lá, como aqui, as
pessoas de baixa escolaridade não têm conhecimentos geográficos e históricos
mínimos que os situem dentro do mundo em que vivem. Os analfabetos absolutos e
os analfabetos funcionais, muito mais numerosos por aqui em Pindorama, acham,
aqui, que a capital dos EUA é Nova Iorque, assim como os de lá, em número bem
mais restrito (mas ainda considerável) acham que a capital do Brasil é Buenos
Aires.
Mas quando se conversa com
'yankees' bem-educados e com uma escolaridade pelo menos de "humanidades"
(segundo grau), vemos que, na média, eles não apenas têm conhecimento
históricos e geográficos corretos do mundo inteiro, como também têm ótimas
noções de economia comparada e de geopolítica (muito mais amplas que os
'tupiniquins' que têm segundo grau completo costumam exibir por aqui).
Obrigado pelo bom comentário e
fique com Deus.
Francisco Vianna, 27-11-2012
Caro Francisco, a sua amiga
cibernética, em momento nenhum rebate os argumentos de Wayne, limita-se a
desqualificá-lo trazendo para nós o que já sabemos sobre ele. Agora, me
pergunto e se o autor fosse, sei lá, homossexual ou… veado?
É evidente que é fundamental
conhecer a origem e/ou a intenção ideológica de quem escreve, para que possamos
compreender melhor o texto. Isto é, para melhor discernirmos se é uma opinião
ou um panfleto ideológico.
Wayne não insulta, não ofende
ninguém, simplesmente menciona fatos.
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