Luís Torres |
São muito mais ativos e
descobriram que a internet veio-lhes trazer poder, o poder de fazer mudar as
regras a seu favor.
Esta atividade do consumidor
tem sido o pesadelo de muitas empresas e tem feito com que muitas fechem
portas. Para as que souberam adaptar-se, ela tem sido a melhor forma de
divulgar a sua marca e fazer crescer o seu negócio.
As empresas precisam de se
adaptar
No passado, as marcas lutavam
pelo espaço nos meios de comunicação tradicional e sabiam que quanto mais
exposição tivessem, melhor seria a divulgação dos seus produtos ao consumidor
e, consequentemente, maiores seriam as vendas.
Era uma fórmula simples de
calcular porque não havia ninguém a contradizer a comunicação da empresa, era
dela o papel de falar bem do produto e gerar o maior número de vendas que
conseguisse.
As pequenas empresas não
tinham espaço no mercado, quem investia mais era quem dominava o mercado, onde
só os grandes sobreviviam. O consumidor era refém da comunicação das empresas e
não tinha qualquer poder de influência.
A internet veio dar poder
ao consumidor
Com a internet, a atividade de
comunicação das marcas começou a mudar de direção. O consumidor passa a ter
muito mais elementos para comunicar a sua opinião sobre as marcas.
O consumidor hoje sabe que tem
poder. Uma simples mensagem numa rede social de um cliente a relatar uma
situação negativa com uma empresa pode atingir proporções globais.
A influência que o consumidor
começou a ter na comunicação das marcas leva as empresas a terem de alterar a
sua estratégia. O consumidor de hoje interage com as marcas quando pesquisa no
Google, ao reclamar de um serviço no seu blogue, a elogiar no TripAdvisor, a
escrever comentários no Facebook, a gravar um vídeo e publicar no YouTube, e
muito mais.
Esta atividade de produzir
conteúdo sobre a marca, aliada ao comportamento de procurar esse conteúdo no
momento de decidir pela compra, faz com que sejam os consumidores que muitas
vezes decidem o destino de um negócio.
O que devem fazer as
empresas?
As empresas devem estar onde
os consumidores estão, interagindo com ele e tornando-o o seu melhor veículo,
melhorando a sua comunicação e investindo muito mais tempo a analisar o que
dizem sobre a sua marca.
Vejamos como o consumidor atua
num processo de compra simples nos dias de hoje:
1) Procura
no Google e avalia as opções;
2) Avalia as
informações no(s) site(s) da(s) empresa(s) e compara;
3) Pesquisa
opiniões de terceiros (feedback de outros consumidores);
4) Escolhe a
empresa e entra em contacto para esclarecer dúvidas;
5) Faz o
pedido e recebe o produto/serviço;
6) Deixa a
sua opinião online a respeito da experiência de compra.
Compreenda que, nestes seis
passos de um simples processo de compra, se a sua marca não estiver presente,
outro concorrente irá estar por si.
Se por um lado as empresas têm
hoje acesso a muito mais informação sobre o consumidor, por outro é mais
difícil diferenciar-se num mercado cada vez mais competitivo. O segredo está em
oferecer o valor certo ao mercado certo.
Neste novo mundo em que o
consumidor interage em grande parte com a atividade de comunicação da marca e,
por isso, as empresas já não precisam de investir grandes quantias nos meios de
comunicação tradicionais, pela primeira vez as pequenas e médias empresas têm a
oportunidade de virar o jogo e competir de igual para igual com as grandes
empresas.
O que antes era definido com
base na verba financeira disponível, hoje é determinado pela capacidade das
empresas atraírem o consumidor com o seu site, com as suas páginas nas redes
sociais e com a sua atividade na internet.
Enquanto empresa, comece já
hoje a pensar em explorar o potencial que a internet lhe oferece para comunicar
com clientes e potenciais clientes. Enquanto consumidor, tem a oportunidade de
utilizar a internet como um canal poderoso para pesquisar, comparar, avaliar e
partilhar.
Título e Texto: Luís
Torres, Consultor em Marketing Digital
WHIE – Agência de Marketing Digital Via Diário Digital de São Tomé e Príncipe – TÉLA NÓN, 07-04-2014
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