1. As ruas frias em relação às eleições, o crescimento de Marina
que se deu no vácuo, a alta porcentagem dos que não sabem espontaneamente em
quem votar, com recorde para as eleições de deputados e senadores, o impacto do
novo cenário presidencial, mostram que teremos um terceiro retardamento da
decisão definitiva e final de voto.
2. O primeiro foi o rescaldo dos protestos de 2013, o segundo a
Copa do Mundo e agora o terceiro com a tragédia no avião do governador Eduardo
Campos e candidato a presidente. Com isso, o processo eleitoral que ocorre na
formação do voto através da interação entre as pessoas é interrompido ou
desviado. Toda a campanha eleitoral até aqui não se perde, mas deixa memória
tênue.
3. Com isso, em setembro se reinicia o processo eleitoral e a
dinâmica de decisão de voto recomeça com uma base efetiva e consolidada muito
baixa. Dessa forma, as pesquisas anteriores a setembro são muito mais
sensibilizadores e sinalizadores que decisão definitiva. O aquecimento começará
agora em setembro, o que deve durar uns 15 dias.
4. Na segunda quinzena de setembro é que o voto irá sendo
cristalizado nas eleições majoritárias. Nas eleições proporcionais para
deputados, provavelmente ainda mais tarde. Nesse caso, teremos uma última
semana onde a decisão de voto – definitiva – lcançará pelo menos 80% dos
eleitores.
5. Hoje, uns 85% espontaneamente não citam nenhum nome de deputado
e uns 50% espontaneamente não citam nome de senador.
Título e Texto: Cesar Maia, 02-09-2014
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