Lote de bens da massa falida
está avaliado em R$ 29,85 milhões. Será o primeiro com terrenos e imóveis em
diversos estados
Glauce Cavalcanti
Ilha do Icê, 2.500 hectares de
terras no Rio Japura, em Tefé, no Amazonas, integra o lote de bens da massa
falida da Varig que irá a leilão no dia 4 de dezembro, no Rio. Está avaliada em
R$ 505 mil. Nesse pregão estarão 19 lotes de imóveis — sendo oito territoriais
e 11 prediais, como lojas e salas comerciais —, uma estação de rádio em Santo
Angelo e outros. No total, está avaliado em R$ 29,85 milhões, contando pela
primeira vez com opções em vários estados do país, do Rio Grande do Sul a
Rondônia.
Desde 2007, a massa falida da
companhia (que inclui Varig, Rio Sul e Nordeste e teve falência decretada em
agosto de 2010) já arrecadou quase R$ 70 milhões com a realização de leilões,
diz o administrador judicial Jaime Canha. Esses recursos, porém, ainda não
podem ser usados para pagamento de ex-funcionários, aposentados e pensionistas
do grupo.
— Dos quatro recursos
interpostos na Justiça questionando a decisão de falência da Varig, um ainda
está pendente. Esperamos, em breve, ter uma decisão a favor da massa falida.
Depois disso, será possível iniciar pagamentos — explicou Canha.
A soma arrecadada em leilões é
uma diminuta fração do passivo da Varig, calculado em R$ 18 bilhões à época da
falência. Há cerca de 12 mil beneficiários. O quadro geral de credores, a lista
de quem tem direito a receber pagamentos da massa falida, já foi entregue à
Justiça.
Há grande expectativa quanto à
indenização que a União pagará à massa falida da Varig, por decisão do STF, de
março deste ano. O valor é estimada entre R$ 3 bilhões e mais de R$ 6 bilhões.
A decisão atende à demanda da companhia que reclamou perdas decorrentes da
defasagem tarifária causada pelo Plano Cruzado. O acórdão foi publicado em
setembro, mas ainda não foi declarado trânsito em julgado, que é quando a
decisão ganha status de julgamento definitivo.
O leilão de bens será
realizado no próximo dia 4, no Auditório da Corregedoria Geral de Justiça. O
pregão será coordenado pelos leiloeiros De Paula, Jonas Rymer, Rodrigo Portella
e Silas Barbosa.
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