sábado, 6 de dezembro de 2014

A hipócrita paz

Começo por parafrasear José Manuel, “Eu não como vitórias”. É verdade. De ‘vitórias’ estamos cheios. Todavia, as mesas continuam vazias, as dívidas e o nome continua ‘sujo’, direitos continuam desrespeitados e ignorados.

Não é a primeira vez e não será a última, com certeza, que ecoa a palavra “Vitória”, com volume proporcional à crença e engajamento ‘ideológico’ do ‘manobrado’, do passante ou do honesto crente.

Os deste último grupo são facilmente identificáveis pela afabilidade e simpatia. Conversam, argumentam, acreditam honesta e sinceramente, creio, nas intenções e ações dos petistas/cutistas e capatazes.

Os mais complicados são os pregadores… da Paz. Estes agem como avestruzes, não querem se comprometer, detestam as janelas, e sacam o cartaz da Paz. Como assim?! Paz entre o esbofeteador e o esbofeteado?!

Que nem os inebriantes empregados da Globo que saem às ruas, fazendo sinais com as mãos, pedindo… Paz… contra a violência urbana! Ou seja, desfilam pela orla marítima, mexendo as mãozinhas cuidadas, a empregadora filma-os, noticia-os e entrevista-os e pronto! Ficamos todos contentes, satisfeitos e… mais seguros, pois que os assaltantes, comovidos, uns arrumaram emprego em ONGs, outros se mandaram para outros estados e países, onde não existem essas ameaçadoras passeatas dominicais e praianas.

A luta se faz, acontece, de fato, nas ruas, nas praças, nos estádios. Constrangendo o adversário ou o inimigo. Políticos e Poder só receiam as ruas. O poder, quando de esquerda, esse então tem pavor das ruas porque sabe, mais do que todos nós juntos e misturados, o que pode acontecer com essa arma que tanto utilizou quando na oposição. Aí, por medo, inventam de ‘regulamentar’ a imprensa (a mesma que tanto os ajudou a chegar ao poder), e saem intimidando os adversários com tudo o que têm à mão e nos pés.

São mestres em transformar agressores em vítimas. Especialmente se aquelas forem negras, branquinhas escurecidas por falta de higiene, fumadores de crack, bichas tresloucadas, lésbicas abandonadas, oportunistas e traficantes, meretrizes sem ética que se fingem de agredidas, ah! e as pobres crianças mortas pela polícia porque esta… chegou atirando, hein?!

Escrevi meretrizes sem ética porque puta que é puta tem ética e um ‘segurança’. Quando algo não bate chama a ’segurança´ para resolver. Não tenho memória de passeatas de putas pedindo Paz…
JP 

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