segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A guerra explicada às criancinhas

Vitor Cunha
Este artigo n’O Observador fez com que me encontrasse a refletir sobre a forma como explico o terrorismo aos filhos. Parece-me que toda a gente disserta sobre o que é, essencialmente, a forma adequada de esconder a verdade às crianças durante o período de tempo necessário para que descubram a verdade sozinhas. Não é de surpreender que o país seja intrinsecamente socialista: uma entidade abstrata que faça o favor de desempenhar o papel de educador, responsabilidade da qual nos demitimos com pachorrento e até surpreendente abandono.

A forma como sugiro que se explique o terrorismo às crianças, que é a forma adotada cá em casa, é através da verdade crua, que é sempre dura e incontornável: umas bestas quadradas que inventam desculpas sem pés nem cabeça para poderem matar pessoas. Sim, são maus e nós somos os bons, porque até achamos que são pessoas e não animais roçando a total irracionalidade e porque, com a nossa patine católica que nos leva a dar a outra face (pior ainda nos países protestantes, onde o pecado não desaparece por arrependimento), permitimos que vivam entre nós, absorvam os nossos recursos e decidam os nosso comportamento quotidiano, mudando os nossos hábitos e abdicando da nossa civilização em prol de um multiculturalismo, que mais não é que a absorção dos defeitos de civilizações inferiores.

Chegado a este ponto, o progressista já me acusa de xenofobia, que é o que o progressista sabe fazer, apontar o firme dedinho já consumido pela artrose da acusação permanente, sem perceber que, fazendo-o, considera a sua civilidade superior à minha, QED automático de que igualdade não é, de todo, o que julgam defender.

Imagem de uma criança em Inglaterra, ano 1940, a quem um progressista idiota terá explicado que os alemães não são todos maus, só estes que bombardeiam é que são, porque tiveram uma má acção, provavelmente sem culpa e sim por falta de oportunidades, integração, igualdade, emprego, blá-blá-blá…

Título, Imagem e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 16-11-2015

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