domingo, 15 de maio de 2011

Eles prometeram em vésperas de eleições


João Batista Guerra
Ontem, terça-feira, 10 de maio de 2011, por volta das 19h00, recebi a visita de um dos vizinhos da rua onde moro, que propôs nos unirmos todos e colocar um guarda na rua, em virtude de um assalto de que foi vítima num destes dias. Fiquei de pensar, pois, pego de supetão, precisava de mais tempo. Talvez não precisasse de mais tempo para decidir se participaria ou não, mas, sim, mais tempo para escrever estas mal traçadas linhas de desabafo público.
Nossos eminentíssimos governantes, em vésperas de eleições, nos prometem de tudo, até um cantinho confortável no céu depois que a gente passar desta para a outra. Mas quero enfatizar a promessa de mais segurança pública. Não quero definir o que significa segurança pública, pois também não quero subestimar a Inteligência dos que têm a pachorra de ler este simples desabafo.
"Tentativa de assalto"
Autor: Ormuzd Alves (Fotografia/Folha)
Senhoras autoridades, precisamos de segurança, não apenas mais segurança e sim segurança completa. Queremos andar descontraidamente pelas ruas como andávamos durante o regime militar de 1964 a 1986.

Os senhores e as senhoras só pensam em desarmar a população, torram milhões de reais com publicidade nesse sentido, mas não aumentam os efetivos da polícia e nem lhes pagam salários justos, bem comonão os aparelham adequadamente para nos dar segurança. Assim como não constroem hotéis de luxo para nossos constrangedores visitantes inesperados.
Um dos muitos candidatos argumentou nos palanques eleitorais que administrar o Brasil era como administrar a casa da gente, não se deve gastar mais do que o salário que a gente ganha. Depois de eleito aumentou a carga tributária para dar sustentação à gastança desenfreada. Nós, do povo, que elegemos Vossas Excelências, não podemos aumentar os nossos salários, então, diminuímos os gastos. Os governos deveriam fazer o mesmo, diminuir os gastos públicos. Sugerimos, pois, que se diminua o número de vereadores, deputados, senadores. Diminuir o número de assessores nas três esferas de poder. Diminuir o número de ministérios, secretarias e acabar com os cargos comissionados. Funcionário público somente mediante concurso. Com essa economia já daria para aparelhar melhor a segurança pública, impedindo que a distribuição de renda se faça mediante constrangimento de nossas famílias, com visitas inesperadas dos profissionais informais armados que levam tudo que temos conseguido com muito sacrificio.
Este desabafo não está sendo dirigido as autoridades apenas, mas também para você que ainda não recebeu essas visitas desagradáveis. Se você não pode ter uma arma em casa para a sua defesa, ainda lhe resta umaarma passiva que é o seu votovocê precisa saber manuseá-lo melhor.
De que adianta colocar um guarda desarmado na rua da sua casa, se muros altos, cercas elétricas e alarmes não resolvem, dada a surpresa do ataque desses profissionais especializados em distribuição forçada de renda? São especialistas, só a polícia pode cuidar disso. Está desesperado? Vote certo na próxima eleição.
João Batista Guerra

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