Valmir Azevedo Pereira
“Não cabe aos militares gostar ou não do Amorim”, disse o
ex-presidente em recentes declarações sobre a nomeação do ex - chanceler Celso
Amorim como novo Ministro da Defesa e a reação dos militares.
A declaração soa na base do “vocês têm que engolir”.
De fato, como a polêmica
nomeação, a Comissão da Verdade, o Trem-Bala, o boçal numero de parlamentares
e seus nababescos salários, o PNDH 3, as Reservas Indígenas, as cotas raciais,
as famílias gays, os estapafúrdios gastos governamentais com propaganda, o uso
das autarquias para a promoção do socialismo barato, as bolsas de couro, de
napa, de papelão, dos presidiários, e uma infinidade de outras medidas
costuradas, engendradas e paridas no seio do desgoverno e demais poderes, não
apenas os militares, mas a população, todos, gostem ou não, temos que engolir.
Não se cogita em promover
referendos ou plebiscitos para auscultar a opinião pública. Nestes casos, dá-
lhes Medidas Provisórias, decisões solenes do STF, deliberações espalhafatosas
no Congresso, e o que for decidido será enfiado goela abaixo, e não caberá à
população gostar ou não.
Enquanto engolimos cobras e lagartos, vivam os
sobreviventes que ainda têm forças para reclamar, para se indignar, por que a
maioria não tem.
Hoje, esmagados pelo
politicamente correto, pela falta de dignidade, pela ausência do senso, pela perda
dos limites de poder das “autoridades”,
os párias que ainda reagem estão aos poucos sendo colocados onde os donos do
poder desejam, no ostracismo, na berlinda.
Perdemos, não apenas a
coragem, mas a capacidade de escolha, a faculdade de denunciar, de espernear, e
engolfados pelo endeusamento de crápulas, vamos soçobrando num mar de
indignidades. Mas temos que engolir.
Até quando, difícil dizer.
Ao que tudo indica, pelo alto
índice de aceitação popular da Presidente (71%?), sem que nada, absolutamente nada
tenha sido feito, a não ser as costumeiras declarações alvissareiras, cujos
números nunca serão questionados, como “estamos
prosseguindo no Programa Minha Casa, Minha Vida com mais de um milhão de casas
até...”, a declaração poderia ser de dois, três ou quatro milhões, se
verdade ou não, não interessa, o que importa é o estardalhaço na mídia, é a
satisfação verbal e o ego do anunciante.
O orçamento do Poder
Judiciário para 2012 contempla os pobrezinhos
com 15% de aumento salarial. Quem poderá
nos ajudar? Nem o Chapolin Colorado.
Sim, gostando ou não, como
qualquer imposto, como qualquer aumento nos encargos, nos gastos familiares, os
militares ficarão subordinados, por prescrição institucional ao novo Ministro
da Defesa.
Os militares estão conscientes
de que a subordinação hierárquica não é submissão, não é vergonha. “A hierarquia militar é a ordenação da
autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas. O
respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência
de autoridade”.
Destacamos que o grau de
superioridade embutido em cada nível determina ao seu detentor um aumento no
seu grau de responsabilidade, desse modo, superiores e subordinados devem
possuir normas de convivência, que respeitando a sua base constitucional,
vivenciem entre eles uma harmonia decorrente do ambiente de estima e confiança,
sem prejuízo do respeito mútuo.
Oxalá, o respeito almejado
seja atingido na nova simbiose, embora os indícios e as atuações recentes do
novo ministro apontem para pertinentes preocupações.
E como dizia o gaúcho, “que venha o touro, porém em forma de bife”.
Brasília, DF, 07 de agosto de
2011.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca
Azevedo Pereira
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