O governo argentino dá mais uma de "desentendido" e
"lamenta" que a Grã-Bretanha tenha ignorado os "apelos da
comunidade internacional" para que ambos os países reiniciem negociações
pela soberania do arquipélago das Ilhas Falklands, que os argentinos insistem
em chamar de "Malvinas".
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Cristina Kirchner e seu “plano
estratégico territorial” que, se levado adiante pode fazer recrudescer a guerra
anglo-platina pelas ilhas Falklands
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A reunião seria hoje em Buenos
Aires, mas o Reino Unido não deu a menor pelota para o apelo da presidente
Cristina F. de Kirchner, que continua descaradamente a insistir num assunto que
Londres já deixou bem claro não ser objeto de negociação.
A presidente peronista deverá
levar ainda esta semana suas queixas a ONU e divulgou hoje um novo comunicado
sobre a pseudo controvérsia que ela tenta criar – e que já foi motivo de uma
guerra entre os dois países – numa hora em que a Argentina comemora o “dia da
afirmação dos direitos argentinos sobre as ilhas Malvinas e o setor antártico”.
Tal comunicado reitera, “com
serenidade e firmeza”, o “direito inalienável” que assiste ao país “manter a
sua permanente e irrenunciável determinação de recuperar, pela via pacífica das
negociações diplomáticas, o exercício pleno da soberania” sobre o arquipélago –
onde, por sinal, não há argentinos vivendo.
Buenos Aires assevera que tal
“pretensão legítima” conta com o “respaldo muito apreciado de todos os países
da região", ao que se somam “numerosos e permanentes pronunciamentos de
múltiplos organismos e foros internacionais” que “insistem em renovar o
chamamento de ambas as partes para a retomada das negociações”.
“Lamentavelmente, apesar da permanente vontade de negociação argentina, o Reino
Unido continua fazendo ouvidos moucos aos chamados da comunidade internacional”
– assinala o comunicado.
Na sexta-feira última, o
chanceler argentino, Héctor Timerman – o mesmo que criou uma crise diplomática
com Washington ao reter um avião americano que fora à Argentina dar instrução
militar à Polícia Federal portenha no aeroporto de Ezeiza – convidou o Secretário
de Estado britânico para as Américas, Jeremy Browne, a reunir-se com ele em
Buenos Aires para negociar uma solução para o conflito bilateral, mas Browne,
até por uma questão de coerência, recusou a oferta.
A chancelaria argentina afirmou
hoje que o Reino Unido, “não apenas mantém a ‘situação colonial’, como também
persiste na realização de inumeráveis ‘atos ilegais’ unilaterais”, mediante a
"exploração ilícita dos recursos naturais renováveis e não renováveis
argentinos”. Asseverou também que a British
Commonwealth “está consolidando uma crescente militarização do Atlântico
Sul (pudera!) que é ofensiva a toda a região", tal como fora recentemente
denunciado pelo governo argentino aos presidentes da Assembleia Geral, ao
Conselho de Segurança, e ao secretário-geral da ONU.
A presidente argentina,
Cristina F, de Kirchner, comparecerá no próximo dia 14 à reunião do Comitê de
Descolonização das Nações Unidas, onde reclamará pela soberania de seu país
sobre as 'Malvinas'. A chefa de estado reclamará novamente que o Reino Unido,
que ocupa as ilhas desde 1833, não cumpre a ‘resolução 2065’ das Nações Unidas,
que determina que Argentina e Reino Unido abram negociações para resolver a
questão da soberania das 'Malvinas' ou Falklands. Todavia, a resolução citada pela
Casa Rosada já foi cumprida, com a abertura das negociações e o seu fechamento
pelos britânicos, que foram inflexíveis e claros ao dizer que “apenas os
insulares”, conhecidos por 'kelpers', “podem decidir sob que soberania desejam
viver, se a britânica ou a argentina”.
Em 1982 uma guerra estúpida e
irresponsável desencadeada pela ditadura militar argentina do Gal. Galtieri e
outros, causou a morte de 649 argentinos invasores do arquipélago e de 255
britânicos que foram até lá e recuperaram o território por apelo da própria
população local. E os argentinos têm que agradecer aos EUA por terem dissuadido
Londres de prosseguir com a guerra continente adentro, o que teria causado um
conflito de muito maiores proporções.
Esse tal “dia da afirmação dos
direitos argentinos sobre as ilhas 'Malvinas' e o setor antártico”, é uma peça
de pura demagogia e hipocrisia do populismo peronista praticado pelo
kirschnerismo, em memória da criação em 10 de junho de 1829, do "primeiro
governo argentino nas ilhas”, que, quatro anos depois foi desmantelado quando
os britânicos na época foram lá e recuperaram, pela primeira vez, o
arquipélago, expulsando os invasores argentinos.
De lá para cá, os insulares
não permitem que argentinos ou outros sulamericanos imigrem para as ilhas, e
mantêm a quase totalidade de sua população oriunda de colonos escoceses que
criam caprinos e ovinos e exploram a extração marítima de algas Kelp, além da
pesca comercial.
Recentemente, a British
Petroleum tem feitos perfurações prospectivas de petróleo e gás inland e
offshore em torno das ilhas e esse deve ser, seguramente, o motivo do
inconformismo argentino.
Título e Texto: Francisco Vianna (com base na agência
de notícias espanhola EFE e outras fontes da mídia internacional), 10-06-2012
De Otacílio Guimarães
ResponderExcluirEu acho que a Argentina e a atual seleção brasileira de futebol estão se comportando como mulher vagabunda, ou seja, gostam de apanhar. Eu gostaria de saber que países da comunidade internacional, além de alguns sul americanos, apóiam as pretensões da Argentina sobre as ilhas Falklands. Tudo isto é uma cortina de fumaça para encobrir o fracasso monumental do governo iniciado pelo marido dessa senhora e hoje continuado por ela. Ocorre que os argentinos não são menos idiotas do que os brasileiros e apóiam incondicionalmente o peronismo, filosofia política que destruiu as pretensões argentinas de um dia se tornar uma grande e próspera nação. Peronismo e lulismo são irmãos gêmeos.
Veja, se na guerra travada há trinta anos atrás a argentina tomou uma surra formidável, imagine hoje com as forças armadas inglesas muito mais preparadas e tecnologicamente evoluídas, enquanto as forças armadas argentinas sofreram o mesmo desgaste das brasileiras que atualmente só servem para subir os morros cariocas em busca de traficantes de drogas.
Deve ser loucura, com certeza. As esquerdas mundiais são loucas, amigo. Já deram inúmeras provas disso.
Otacílio Guimarães