Idiotas da obviedade
Rodrigo Constantino

Logo de cara deparo com a
constatação feita por estudo encomendado pelo próprio governo federal sobre o
programa Bolsa Família. A mesada mensal estimularia, segundo a pesquisa, a
permanência na informalidade.
Wau, como escreveria Paulo
Francis. Quer dizer que pessoas reagem a incentivos? Quer dizer que os pobres
preferem seguir trabalhando na informalidade para acumular o salário por fora e
a mesada estatal? Não diga!
Em seguida, parto para o
caderno de economia e vejo que a Petrossauro, como a Petrobras era chamada por
Roberto Campos, anunciou seu novo plano de investimentos para o período de 2012
a 2016. Mais de R$ 400 bilhões serão investidos, sendo que a empresa tem valor
de mercado menor que R$ 250 bilhões.
Quase 30% destes investimentos
serão na área de refino, com baixa rentabilidade. Além disso, há a cláusula
nacionalista na compra dos fornecedores, limitando a eficiência e prejudicando
o cronograma. Por fim, a empresa é instrumento de política monetária do
governo, e não aumenta os preços, mesmo com a alta do câmbio.
Resultado: queda de quase 4%
das ações no dia do anúncio do programa de investimentos. A estatal já perdeu metade
de seu valor desde 2009. Mais investimentos para gerar menor crescimento. Os
investidores estão cansados e desanimados com a gestão estatal? Não diga!
Por fim, vejo no caderno de
política que o PT e o PMDB blindaram Fernando Cavendish, o dono da Delta, na
CPMI do Cachoeira. O dono da empresa que está no epicentro dos escândalos,
considerada inidônea pelo próprio governo, simplesmente não será convocado para
a CPMI. O deputado Miro Teixeira falou de uma “tropa de cheque” para impedir a
ida do empresário, insinuando que há rabo preso por parte dos deputados e
senadores.
A CPMI é uma farsa, montada
por iniciativa do próprio PT e de Lula, para focar somente no governador do
PSDB, na imprensa, no Procurador-Geral da República e para desviar a atenção do
julgamento do mensalão? A revista Veja estava certa, afinal? Não diga!
O Brasil é mesmo o país dos
idiotas da obviedade. Para fechar com Nelson Rodrigues também, como é antigo
nosso passado recente!
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal, 15-06-2012 06h36
A demagogia verde dos
salvadores
Luiz Felipe Pondé
UMA COISA que sempre me chama
a atenção é a vocação autoritária dos verdes em geral, assim como seu caráter
ideológico travestido de evidência científica "inquestionável". Não é
para menos, uma vez que são movidos pela crença de que estão salvando o mundo.
Todo mundo que crer salvar o mundo é autoritário.
Claro que devemos nos
preocupar com o meio ambiente. Essa é uma ideia já antiga. Machado de Assis no
seu maravilhoso "Dom Casmurro", através de seu narrador Bentinho, já
falava de pessoas inteligentes que iam jantar em sua casa na sua infância e
falavam que os polos estavam derretendo...
Pessoas que se julgam
salvadoras do mundo são basicamente de dois tipos: ou são autoritárias ou são
infantis. Na tribo verde existem os dois tipos, e como crianças são
naturalmente autoritárias, não há muita saída: as duas características se
encontram com frequência na mesma pessoa. Um dos desafios da cultura verde é se
livrar desse mau hábito. Até agora, me parece uma tarefa impossível.
Falemos do infantilismo. É
comum ‘ideólogos verdes’ (que dizem falar em nome da ciência, essa senhora,
coitada, tão abusada em nossos dias e que todo mundo diz frequentar seu circulo
mais íntimo), falarem coisas absurdas e ninguém percebe seu absurdo. Quer ver
um exemplo?
Um dos impasses da humanidade
é o fato de que sua população cresce e todo mundo quer ser feliz, comer bem e
ter uma vida confortável. Todo mundo quer ser "americano" ou
"alemão", no sentido de viver altos padrões de qualidade de vida. A
questão sempre é: quem paga a conta? Em termos ambientais, de onde virão tais
recursos? Maus hábitos de alimentação, praticados em cozinhas orgânicas,
salvarão a humanidade.
Verdes demagógicos,
intelectuais "profetas" e políticos marqueteiros são personagens que
adoram prometer o impossível. Eles dizem que dá pra fazer da vida uma festa de
bem-estar e deixar as plantinhas e os animaizinhos em paz. Este é o absurdo.
O intelectual americano Thomas
Sowell, em seu maravilhoso "Intellectuals and Society" (no Brasil,
publicado pela ‘É Realizações’) desvenda a mágica por detrás de absurdos como
este de dizer que vai dar para todo mundo ser feliz sem machucar nada nem
ninguém: quem diz absurdos como este fica bem na fita, se autopromove (já que a
democracia é o regime da mentira de massa por excelência) e ganha muito
dinheiro no mercado "do bem".
Que Deus proteja o planeta da
demagogia verde.
Luiz Felipe Pondé, Folha de SP, 15-06-2012 2012 06h54
Artigos publicados no blog de Rodrigo Constantino
Caro Rodrigo,
Uma forma de ajudar a salvar o
meio ambiente no Brasil é ensinar ao povo a não jogar lixo nas ruas,
principalmente o povo da Bahia. As cidades baianas, principalmente a capital,
parecem lixeiras a céu aberto.
Outra preocupação dessa gente
que vai participar desse convescote deveria ser com o problema mais urgente que
se constitui numa bomba relógio com o pavio já aceso. É incrível que este
problema não esteja na pauta de nenhum debate sobre o meio ambiente. Estou me
referindo a explosão demográfica nos países pobres. Este sim, é o grande
problema a ameaçar o futuro da humanidade.
Mesmo nos países pobres como o
Brasil, por exemplo, as pessoas ricas e da classe média já controlam a
natalidade. Entretanto, entre os favelados e camponeses, a proliferação não tem
controle nenhum. Enquanto a libido não acaba os filhos vão nascendo. Pobre não
tem condições de educar os filhos e o resultado disso é que a miséria cresce e
com ela a violência. Ou seja, a cada ano que passa a população de qualidade
diminui enquanto a sem qualidade aumenta. Esta é a razão de muitos males
sociais que o Brasil enfrenta atualmente, principalmente a violência e a
criminalidade.
Por que será que todos evitam
uma discussão em torno deste assunto?
Otacílio Guimarães, 18-06-2012
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