No capitalismo de uma economia
de mercado a competição na oferta de produtos que podem ser importados
(tradeable) a concorrência deverá ser interminável.
Num primeiro momento a
competição requer que a taxa de câmbio seja equilibrada. Nesse ambiente o
esforço é pelo aumento da produtividade para poder oferecer produtos e serviços
com mais qualidade e menor preço. É normal ocorrer o crescimento econômico e
novos investimentos.
Esse sucesso conduz a um
aumento de salário dos trabalhadores que reivindicam participar do êxito. Com o
aumento dos salários os custos sobem e novamente força a procura por mais
produtividade para que os produtos e serviços continuem com preços baixos e de
boa qualidade.
Esse círculo vicioso atravessa
o tempo necessário até atingir o esgotamento do modelo. O empresário precisaria
ativar uma fábrica B com salários menores para depois fechar a fábrica A. Mas
isso sempre gera conflitos e nem sempre poderá abrir mão da mão de obra
talentosa.
O caminho que resta é o da
inovação. Criar um novo produto ou serviço com novos valores agregados que
sejam aceitos pelo mercado consumidor.
Quando o Estado interfere no
mercado além da regulação os empresários se retraem e esperam melhores dias. As
mudanças poderão se originar de alterações tributárias. No caso brasileiro
também seria importante o ajuste da legislação trabalhista do século passado.
Além desses pontos existe toda uma política estatal pouco clara de concessão e
permissão que tornam os custos brasileiros em níveis superiores aos dos
competidores internacionais.
Parece-me que o Estado
brasileiro não tem uma política de desenvolvimento definida. Simplesmente reage
pontualmente a situações de crises manifestas. Quem procurar identificar as
fontes dessas incertezas haverá de encontrar a origem no baixo nível de
educação e no modelo político eleitoral.
Título e Texto: Helio Mazzolli, economista, 15-01-2013
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