A cidadania israelense e suas
autoridades estão preparadas para reiniciar as negociações
Beatriz W. de Rittigstein
Apesar da diabólica imagem que
o Irã pretende passar do Estado de Israel, difundindo notícias distorcidas, em
especial através dos meios estatais Press TV em inglês e Hispan TV em espanhol,
a realidade nos mostra una face muito distinta da que apregoa essa ditadura
islamofascista.
Em fins de 2012 vimos dois
fatos categóricos. O primeiro se refere à atitude da sociedade israelense. Os
resultados das enquetes realizadas por organismos acadêmicos coincidem quanto
ao fato de, entre os votantes, a direita refletir um apoio majoritário à
solução de dois Estados com base nas fronteiras de 1967, com trocas
territoriais, que incluam a partição da cidade de Jerusalém.
Sobre essa Cidade Santa, se
alega que os bairros judeus fiquem sob soberania israelense e os árabes sob
soberania palestina (caso os palestinos consigam criar um ‘estado palestino’,
algo que parece ser pouco provável, a não ser que seja um arremedo de estado a
funcionar com o dinheiro de outros países). A “cidade velha” ficaria fora de
qualquer soberania, e teria uma administração conjunta israelense-palestina,
que poderá incluir a ONU como poder moderador.
O segundo evento ocorreu num
encontro de Shimon Peres com líderes cristãos, no qual ele afirmou: "Nós
estamos dispostos a falar com o Hamas; mas o Hamas não parece disposto a falar
conosco". Explicou que, minimamente, “para que haja ‘um diálogo’, o Hamas
deve aceitar as condições do quarteto (EUA, Rússia, ONU e União Europeia) que
abarcam a cessação do terrorismo, o reconhecimento do Estado de Israel, e a
aceitação de todos os acordos prévios firmados pelo Estado judeu e a Autoridade
Palestina... Não nos provoca qualquer satisfação ver o quanto os cidadãos da
Faixa e da Cidade de Gaza estão a sofrer. Se eles não dispararem contra nós,
ninguém disparará contra eles".
Pelo visto, em que pese a
propaganda mal-intencionada do Irã, a cidadania israelense e suas autoridades
demonstram que estão preparadas para reiniciar as negociações sobre a
convivência de dois estados na região e sobre o modus vivendi e operandi de
Jerusalém, por mais difíceis e complicadas que elas possam ser em conseguir uma
solução se não definitiva, pelo menos duradoura para a região.
Beatriz W. de Rittigstein para
o jornal venezuelano ‘EL
UNIVERSAL’. Tradução de Francisco Vianna, 08-01-2013
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