Um dia, creio, o mundo terá
clareza das burradas que Estados Unidos, Reino Unido e França fizeram durante a
chamada “Primavera Árabe”. Tudo sob a liderança deste Demiurgo das Esferas
chamadas Barack Obama. Leiam o que vai no Globo, com informações do El País e de agências internacionais.
Volto em seguida.
O braço da al-Qaeda no Norte
da África sequestrou 41 estrangeiros em um ataque que seria uma resposta à
Argélia por sua solidariedade com a França no conflito com os radicais
islâmicos do Mali. O ataque durante a madrugada desta quarta-feira a um centro
de extração de gás em In Amenas,
perto da fronteira com a Líbia, deixou ainda dois mortos — um britânico e um
francês — e seis feridos. Entre os reféns do grupo terrorista estão sete
americanos, cinco japoneses que trabalham para a empresa de engenharia japonesa
JCG Corp, ao menos um francês, um irlandês e um norueguês. Os sequestradores
fugiram com os estrangeiros, provavelmente em direção ao Mali. A petroleira BP,
uma das que exploram o edifício, no entanto, informou que alguns homens armados
ainda seguem no local.
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Foto: Kjetil Alsvik, AFP, Statoil |
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Imagem: AFP |
O incidente também levantou
temores de que a ação francesa poderia incitar mais ataques islamistas de vingança contra alvos ocidentais na África (…) e na Europa. O centro de
extração de gás era explorado em conjunto pela empresa argelina Sonatrach, a
britânica BP e a norueguesa Statoil. “É evidente que existe um vínculo direto
entre este golpe e o apoio argelino à França”, afirma o analista argelino
Chafic Mesbah. “A autorização de sobrevoo outorgada pela Argélia à força área
francesa que bombardeia os grupos armados em Mali supõe uma mudança da atitude
argelina. Há 20 anos, o pedido de Paris para utilizar o espaço aéreo argelino
foi negada”, afirma ele, que foi coronel do Estado Maior.
Tropas argelinas tinham
montado uma operação para resgatar os reféns e cercado o acampamento dos
trabalhadores em Tiguentourine. Uma fonte do governo francês contou que os
atacantes tinham vindo da Líbia. A ANI, agência de notícias de Mauritânia que
tem contato direto regular com os islâmicos, informou que os combatentes sob o
comando de Mokhtar Belmokhtar estavam mantendo os estrangeiros apreendidos no
campo de gás.
Belmokhtar por anos comandou
combatentes da al-Qaeda no Saara antes de montar o seu próprio grupo armado
islâmico, no ano passado, depois de uma aparente briga com outros líderes
militantes.
(…)
Voltei
A França do “pacifista”
François Hollande interveio no Mali. Pode ter arrumado uma dor de cabeça e
tanto. Não o fizesse, no entanto, boa parte do país cairia nas mãos do
terrorismo islâmico. Pois é…
E de onde saíram alguns dos
terroristas do Mali? Estavam combatendo o finado Muamar Kadafi, na Líbia, ao
lado dos supostos “heróis de Benghazi” e, bem…, da Otan. Barack Obama, David
Cameron e Nicolas Sarkozy não viram mal nenhum em abrir caminho, com
bombardeios aéreos, para o avanço das forças terrestres anti-Kadaki. O chato é
que elas estavam coalhadas de jihadistas islâmicos.
Isso significa o óbvio: os terroristas se espalham hoje pelo Sul da Líbia e da Argélia e transitam livremente pelo Norte do Chade, Niger e, como é sabido, do Mali, onde encontraram as condições adequadas para uma organização de caráter militar. Convém não esquecer: são forças ligadas à Al Qaeda que lideram o confronto com o carniceiro Bashar Al Assad, na Síria.
Chamei Assad de “carniceiro”?
Como eram, diga-se, Hosni Mubaraki e, muito especialmente, Muamar kadafi. O
ponto não é saber se eles mereciam ser derrubados. A questão relevante é
avaliar se os terroristas são aliados objetivos nessa causa. E eu acho que não
são. Esse flerte com o terror e com extremismo, tendo como pretexto a
“Primavera Árabe” e o fim de ditaduras mal começou a cobrar o seu preço. Um
equívoco não deixa de ser um equívoco, ainda que unanimemente aplaudido.
Lá vou eu fazer uma ironia que
Jeca não entende: eu bem que adverti Obama, Cameron e Sarkozy… O óbvio costuma
acontecer.
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, 16-01-2013
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