sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Sugestões capazes de fazer o Brasil virar foguete

Otacílio Guimarães

Caro Diretor de Redação
Revista Veja – São Paulo

Veja reuniu alguns excelentes sonhadores para apontar 11 soluções que, caso adotadas, transformariam o Brasil num foguete (Soluções existem. Basta usá-las – Veja nº 2303, de 9/01/13).
É claro que as soluções apontadas são ótimas e transformariam qualquer republiqueta de bananas como o Brasil num país decente. Ocorre que jamais serão adotadas por uma razão muito simples: no Brasil, não se luta para construir uma nação que possa oferecer um futuro melhor aos seus filhos, mas tão somente por privilégios mesquinhos individualistas ou de grupos que só pensam em si mesmos. O Brasil é o país dos privilégios e assim deverá continuar.
Se nem os militares com o poder moral e das armas conseguiram consertar o Brasil, como é que um bando de corruptos sustentados por outro bando de corruptores e apoiados por uma mulltidão de débeis mentais iriam dar jeito num monstro como este?
Às pessoas decentes do Brasil, aquelas que sempre perdem seus votos votando em pessoas honestas – ou pelo menos que aparentam honestidade – só resta mesmo uma saída: dividir o país em dois, o Brasil do Sul e o Brasil do Norte. Aqui vão algumas sugestões para esses hipotéticos dois Brasis:
a) O do Sul seria constituído pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O Rio Grande do Sul com toda a sua população petralhista seria doado à Argentina e um muro deveria ser construído na fronteira para impedir que os gaúchos voltassem. Depois de limpar o Rio de Janeiro de sua sujeira, como os favelados, artistas, intelectuais e esquerdistas em geral, que seriam mandados para o Maranhão, Bahia e Piauí, estabeleceriam a capital do Brasil do Sul, cujo nome sugiro seja Brazil of South para desvincular do outro do Norte, na cidade do Rio de Janeiro.
b) A cidade do Rio de Janeiro seria reurbanizada, desinfectada e despoluída e os morros desocupados pelos favelados seriam loteados para a construção de condomínios de alto luxo onde morariam os ricos. Nos países decentes e ricos são os ricos que moram no alto dos morros.  
c) São Paulo também passaria por um trabalho de limpeza e desinfecção, mandando-se os eleitores das esquerdas e também seus artistas e intelectuais comunistas para a Bahia e Pernambuco, lugares ideais para esse tipo de gente.
d) A capital do Brasil do Norte poderia ser no Maranhão, Piauí ou Bahia, estados representativos da fina flor da nova sociedade dos pés de chinelo a ser formada com tal mudança.  
e) Seria necessário e indispensável que a fronteira entre os dois países fosse guarnecida por tropas de elite do exército a fim de evitar que os do novo país do Norte invadissem o novo país do Sul para roubar os bens dos sulistas. Talvez fosse melhor construir uma cerca eletrificada com alta tensão.  
f) O Brasil do Sul teria de início uma certa dificuldade para formar um grupo de políticos decentes para governá-los, uma vez que há muito tempo os homens de bem do atual Brasil não querem saber de política. Mas isto seria apenas uma questão de tempo e logo o problema estaria resolvido.  
g) Já o Brasil do Norte não teria nenhuma dificuldade neste sentido. Levaria para a nova capital em São Luís, Salvador ou Terezina aquela turma que hoje está aboletada em Brasília, mantendo Dilma como presidenta e Lula como seu reserva e futuro presidente. José Sarney continuaria como presidente do Senado e José Genoíno seria indicado para a presidência da Câmara Federal. Uma reforma ministerial seria indispensável a fim de colocar Carlinhos Cachoeira como ministro da Fazenda e Fernandinho Beira Mar como ministro da Justiça. O ministério da Defesa seria dado a Marcola.
h) O Brasil do Sul teria que organizar forças armadas poderosas já que começaria com um inimigo externo ávido por invadir seu território e roubar-lhes tudo o que for possível. Talvez fosse necessário fazer uma aliança militar com os Estados Unidos por via das dúvidas.  
São estas, em linhas gerais, minhas sugestões para a solução do crônico problema chamado Brasil. Posso garantir que se estas soluções forem adotadas, logo em breve o Brazil of South se transformaria numa potência a se igualar às melhores do planeta.  
Cordialmente,
Otacílio M. Guimarães, 11-01-2013

6 comentários:

  1. Absurdo isso que você escreveu! Lamentável que alguém tenha esse tipo de opinião. Mas tudo bem, quem sabe os gaúchos mandem uma bombra nuclear no Rio para desinfetar o mundo de gente como você. Já que, sem o resto do Brasil, o RS se desenvolveria muito mais e mais rápido!
    J.S.

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  2. Realmente o país não vai para frente por ter "criaturas" com este tipo de pensamento. Agora faço a seguinte pergunta. O que seria do Brasil sem o RS? E devo acrescentar que o RJ e SP, levariam décadas para serem desinfetados devido ao grande acúmulo de lixo que a própria população acumula dia após dia nas ruas. Lamentável eu ter perdido 5 minutos do meu tempo precioso lendo um devaneo desta magnitude deste cidadão.

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  3. Otacílio M, Guimarães é um sergipano que viveu grande parte de sua vida na Bahia, dando murro em ponta de faca para criar seus filhos e sobreviver com honra e á custa de trabalho honesto. Com os filhos criados e indo morar longe, ficou viúvo e resolveu, já na sétima década de sua vida, vender tudo que tinha e ir para a Austrália, onde adquiriu um pequeno sítio e começou a criar gado caprino da raça Boer. Hoje é um rico produtor e exportador da carne e de matrizes dessa espécie de caprino, casou de novo e está rico, coisa que não havia conseguido fazer no Brasil. Sua descrença neste país é evidente e até justificada. Apesar de tudo, talvez por uma questão de nacionalidade abandonada, ainda acompanha tudo o que por aqui ocorre e que alimenta, infelizmente, dia a dia o seu profundo pessimismo com relação aos destinos de Pindorama. Tenho por ele um profundo respeito e admiração por ter tido a coragem de ter mudado radicalmente de vida, em plenos 60, pelo que não consigo deixar de lhe dar razão pela forma como vê sua terra natal.

    Apenas acrescentaria à carta do Otacílio o seguinte: "Caso o Estado de Goiás ficasse também no Brasil do Sul, Brasília deveria ser transformada numa formidável penitenciária de segurança máxima e o atual Distrito Federal em um imenso campo de trabalhos forçados para bandidos e delinquentes se ressocializarem e aprenderem o valor do trabalho duro e honesto (pois é, bandido tem mais é que trabalhar oito horas por dia). Os que não conseguissem, seriam eliminados por lá mesmo com injeção letal e enterrados, de preferência, de pé, para não ocuparem muito espaço"...
    Francisco Vianna

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  4. Bem, Jim
    Pelo menos, podemos quase que afirmar que o "anônimo" é gaúcho e, como todo gaúcho, se sentiu deveras ofendido mais com a sugestão do Otacílio de se dar o RS de presente para a Argentina (Oh, destino cruel!) do que propriamente por ver o estado separado do Brasil. Se eu fosse gaúcho também subiria pelas tamancas... HEHEHEHEHE. Argentino não, cáspite, como dizem os carcamanos!
    Brincadeiras e gozações à parte, o que o nosso Otacílio "preconiza" não é novo e e nem tão estapafúrdio assim, pois muitos nordestinos, como ele, se sentem da mesma maneira, principalmente aqueles que conseguem enxergar a um palmo adiante do nariz e não prezam tanto a unidade nacional que, na prática, tem sido escrachada e vilipendiada pela ralé política que tomou conta de Brasília, na sua grande maioria composta de traidores nordestinos, como os citados pelo próprio autor na fina ironia que escreveu.
    Acredito também que se o RS se tornasse independente teria grandes chances de se tornar uma potência maior que o Uruguai, a Argentina e o Paraguai juntos, bastando para isso se livrar da escória que infecta a política por lá a começar pela triste figura do seu atual governador, o comunista Tarso Genro, que segundo o Deputado Jair Bolsonaro, é um lambe-botas e um borra-botas, como pode ser visto em seu discurso na Câmara em http://www.youtube.com/watch?v=L14tfzKIveQ, e sem o que não passaria de outra Cuba...
    Abração,
    Francisco Vianna

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  5. Caro Chico,
    Devo corrigir alguns lapsos neste reenvio a bem da verdade. Assinalei os lapsos no texto.
    Não citei a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em meu escrito. Não sou sergipano, e sim, paraibano de Campina Grande, por muito azar. Me considero um azarado por ter nascido no Brasil. Não estou rico, apenas bem de vida justamente por ter saído do Brasil. Um rico na Austrália está muito acima do meu padrão. Sou apenas um criador de bodes bem sucedido. Ocorre que na Austrália qualquer negócio tocado com competência deixa o seu proprietário bem de vida. Não tenho um pequeno sítio, mas duas fazendas que somadas atingem o equivalente no Brasil a 3.500 hectares. Uso 500 hectares para a criação de caprinos e o restante estou reflorestando com nim indiano. Rico eu estaria se tivesse nascino na Austrália, Nova Zelândia, Canadá e até nos Estados Unidos. Sobre a riqueza, devo dizer que é bom ser rico quando se tem bom caráter e o desejo de ajudar os menos aquinhoados pelos percalços da vida. Não dou valor ao dinheiro, mas ao poder que ele confere ao indivíduo. Portanto, a riqueza sem um bom indivíduo, é uma riqueza inútil e quase sempre perigosa.
    O último parágrafo do seu texto está impecável.
    Sabe, amigo, a vida só vale a pena ser vivida quando se a vive com decência, amor e respeito a si mesmo, aos que amamos, aos amigos e ao país que nos respeita. Por isto, eu hoje amo a Austrália e desprezo o Brasil.
    Um forte abraço,
    Otacílio

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  6. Caro mentecapto, apenas para derrubar a mais simples de suas proposições: no Haiti os ricos estão nos morros, e os miseráveis na planície. Mas mesmo assim eles tem uma mente melhor que a sua...

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