Assistindo desde as 19h aos diretos e debates
sobre o primeiro turno das eleições municipais realizadas neste domingo, na
França.
As projeções, quase 70% apurados, indicam uma
vitória “global” dos partidos de Direita (e extrema-direita).
Embora, eu insisto, as eleições foram para
escolher os prefeitos, os presidentes de Junta de Freguesia (subprefeitos
zonais), portanto, assuntos e interesses locais.
E por isso, o Partido Socialista de lá, do
Salvador da Pátria e da Galáxia, não se exaure em dizer que estas eleições são
de caráter local, municipal – no que concordo – mas o diz porque perdeu,
entendeu? Se tivesse ganho o discurso seria outro.
O mesmo aconteceu nas últimas eleições municipais
em Portugal, outubro de 2013. Isto é, o Partido Socialista e os partidos exóticos de esquerda – que só existem e
enchem o saco em países democráticos com espinha dorsal capitalista, NÃO nos
países que lhes servem de exemplo – quase morreram de sede de tanto abrirem a
boca para apelar ao leitor a votar CONTRA o Governo Nacional. Mas os eleitores
não lhes deram ouvidos, votaram naqueles que eles julgaram melhor preparados
para administrar bem o seu concelho, a sua freguesia…
(E já recomeçaram, aqui, com a mesma gritaria
quanto às próximas eleições europeias – que, como o leitor percebeu, a temática
e problemática são europeias.).
Voltando às eleições francesas – que teve um
percentual de 39,50% de abstenção – o que me provocou a teclar este desabafo
foi/é a demonização do Front National
que, definitivamente, não colhe a minha simpatia, mas, a julgar pela histeria
que percebi não pode governar uma cidade… ué?! Mas não foram eleitores que
votaram??!
Mas podem votar na extrema-esquerda! Sim, porque
são todos bons, anjinhos deslocados
neste mundo cruel.
Votar na extrema-direita é um ato de desespero, de
descrença na democracia, de deplorável, é muito feio, etc., etc…
Mas, votar na extrema-esquerda pode! É lindo, é
sublime!
Se aquela é contra a União Europeia, esta também
é. E, se e quando lá chegarem (ao parlamento) farão tudo para a destruição da União.
Ambas são contra a Europa, a extrema-direita quer
disciplinar a imigração, até evitar, a esquerda acha que todos os imigrantes
devem vir para a Europa – quem sabe?, até ir buscá-los aos confins dos países
emigradores.
Ora, vão catar coquinhos!!
23-03-2014, de madrugada.
O cara do Nouvel Observateur, comunista, está puto com aqueles que votaram no Front National, disse ele: “não é normal que a classe trabalhadora vote na extrema-direita”.
ResponderExcluirPois é, não pode! Não é normal!
Normal é votar na extrema-esquerda!
São do c... estes gajos!!