sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Excesso homos?

Mauro Zanon

Stefano Gabbana e Domenico Dolce, Londres, março de 2015, foto: Gareth Cattermole/Getty Images
Há dois anos, numa entrevista ao semanário Panorama, Domenico Dolce e Stefano Gabbana, o célebre duo gay italiano que comanda a D&G, afirmaram que “a única família é a família tradicional” e que cada criança tem, portanto, direito a um pai e uma mãe. A seguir a estas declarações, Elton John apelou ao boicote de Dolce & Gabbana e alguns sites de defesa de homossexuais trataram os dois costureiros como aterradores reacionários.

Em meados de novembro, no Corriere dela Sera, Gabbana agravou deliberadamente o caso ao declarar guerra ao comunitariamente correto. “Eu não quero ser identificado como gay porque antes de tudo eu sou um homem. É incrível que ainda se continue a utilizar esse termo: biologicamente eu sou um macho. É a mesma coisa para a mulher: ela é uma mulher, antes de tudo, ponto final parágrafo. A palavra ‘gay’ foi inventada por aqueles que têm necessidade de rótulos, mas eu não quero ser identificado na base das minhas escolhas sexuais”, explicou.

Em seguida, o estilista apontou o dedo para a tendência à autoguetoização de alguns homossexuais: “Criar classificações só cria problemas: cinema gay, clube gay, cultura gay... mas de que falam? O cinema, os livros e a cultura pertencem a todos.”

Mas o ataque mais virulento do herege visa nomeadamente o “lobby gay”, que é, segundo ele, “muito poderoso”, e as numerosas associações LGBT que erigem as minorias sexuais em espécies a proteger da extinção. “Eu não quero ser protegido, porque nada fiz de mal. Sou simplesmente um homem.

Gay.it, o site italiano de referência, de imediato acusou Gabbana de ter “destruído mais de meio século de batalhas orgulhosamente LBGT”, com as suas declarações.

Esperamos impacientemente o processo por homofobia...
Título e Texto: Mauro Zanon, revista CAUSEUR, nº 53, janeiro de 2018 
Tradução: JP

Um comentário:

  1. Mais uns anos é vamos acabar debaixo da merda com esperma da ditadura dos pederastas.

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