sábado, 7 de julho de 2018

Quando uma simples vírgula muda tudo

Carina Bratt

Comentarei hoje um fato acontecido em terras distantes de certo rei italiano. O ministro da justiça desse rei apresentou ao seu monarca, um pedido de absolvição de pena de um prisioneiro condenado por muitos anos. O ministro havia escrito no pedido “GRAÇA IMPOSSÍVEL, PERMANECER NA PRISÃO”.

O rei leu o petitório atentamente, por várias vezes. O rei gostava de ler. Depois de uma dezena de leituras, pegou a pena e modificou o lugar da vírgula. Fez de tal forma que a frase ficou grafada assim:
GRAÇA, IMPOSSIVEL PERMANECER NA PRISÃO”.

Após isso, sua majestade carimbou o “Concedido” e assinou. Mandou chamar o ministro da justiça e ordenou que ele cumprisse o que fora determinado. Dessa forma simples e corriqueira, o prisioneiro se viu agraciado com o alvará de soltura e, em decorrência dele, logo em seguida, posto em liberdade.

Com certeza todos os meus amigos indagarão: “Carina, essa lição de moral ou tapa de luva de pelica, não serve para mim. Não sou bandido, não sou ladrão, não sou assassino ou qualquer outra coisa que o valha. Não estou preso numa cela que necessite ser agraciado com alguma coisa, por menor que seja. Ainda mais com essa espécie de indulto”.

Todos têm razão? Sim, todos! Meus amigos, certamente, estão cobertos pela capa de proteção intransponível da qual a mesma dispõe. Realmente, nenhum dos meus conhecidos está metido com pessoas foras da lei. No quadro geral, não somos alvos de coisa alguma que nos desabone perante a sociedade.  

Contudo, devemos ter em conta que diante de Deus, temos uma série enorme de agravos e infrações e que, em paralelo, há uma sentença de culpa contra, nós condenando a todos, sem exceção, ao que conhecemos como “Julgamento eterno”, o que, aliás, vem a ser a pior coisa que pode acontecer a quem quer que seja.

Mais do que isso, essa condenação é ETERNA. Se sairmos perguntando, com certeza, todos dirão que nunca fizeram algo que pudesse ser considerado delito grave e, portanto, o que eu disse acima, não valerá. Resumindo, a carapuça não serviu.

Se nos atentarmos às Escrituras, veremos que em Romanos 3:10 está sinalizado o seguinte: “Não há justo, nem sequer um”. Logo adiante, no 23 o esclarecimento necessário: “...pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Em face desses versículos, a carapuça cai e serve para todo mundo. A bem da verdade, indistintamente.

Entretanto, apesar de sermos todos culpados, Deus nos agraciou por meio de seu filho Jesus. Colossenses nos revela tal atitude do Altíssimo, no capítulo 2, versículo 14: “e cancelou a conta da dívida que havia contra nós e que pela Lei éramos obrigados a pagar. Ele acabou, portanto, com essa conta, pregando-a na cruz”. Que misericórdia então nos está sendo oferecida?

A única a verdadeira. A misericórdia de Deus. Ela vale para nós todos. Deus espera, não é de hoje, para ter compaixão de nós. Para nos dar a Libertação. Porém, ate hoje, nenhum de nós teve a humildade e a coragem de clamar por essa dádiva.  Precisamos fazer isso. Com urgência urgentíssima.

Não podemos negar, jamais, o convite mavioso que o Pai nos oferece, de mãos beijadas. Vamos, pois, experimentar a graça do Eterno. Se confessarmos os nossos erros e desacertos, pecados e contravenções diretamente a Ele (E Ele, bem sabemos, é fiel e justo), se pedirmos para nos absolver das fatuidades e das imprudências, zerar, enfim, as nossas falhas, seremos, ao final, purificados e expurgados de TODAS AS INIQUIDADES E INJUSTIÇAS.
Título e Texto: Carina Bratt, secretária e assessora de imprensa do jornalista e escritor Aparecido Raimundo de Souza. De São Paulo, Capital. 6-7-2018

Um comentário:

  1. Verdade contínua , que bate aos ouvidos da sociedade mundial , a qual , não abre seus ouvidos a ouvir .

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