No ano de 1967, do século passado, assisti de bem pertinho à Queima das Fitas.
Estas pequenas cartolinas com fitas coloridas (cada cor corresponde a uma faculdade) estão hoje comigo graças aos meus pais que as conservaram.
O poema abaixo é de autoria do aluno da Faculdade de Direito, João de Castro Osório.
No Lar Natal, do quarto de repouso
(E mais de sonho ainda!) era a janela,
Sem miradoiro de paisagem bela,
O berço de um poder misterioso.
Virada ao Sul, sobranceando casas,
Ruas desertas, páteos de ninguém,
Olhava a grande Igreja, num além
De céu aberto, palpitante de asas.
Longe, as praias do Sado, os olivedos
Sagrando a terra, os laranjais de encanto…
Da antiga Vila apenas um recanto,
Mas descobrindo angelicais segredos.
Branca a Igreja, erguendo ao alto a Cruz,
Assinalava o caminhar de luz.
Anteriores:
[Versos de través] Queima das Fitas, Coimbra, 1967: "A uma estrela"
Teu riso
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